Às sopas aplica-se um critério semelhante ao dos molhos: são como preâmbulos do amor e devem ser preparados levando-se em conta todos os sentidos: aparência, aroma, sabor, textura e, em alguns casos, som. O processo de fazer uma boa sopa passa pelas mesmas etapas pelas quais se passa ao fazer amor bem feito; em ambos os casos é preciso mergulhar no prazer sensual de misturar, cheirar, experimentar, lamber, acrescentar, abster-se, duvidar, colocar mais…A filosofia culinária é como a do jogo: se não for divertido, esqueça. Não se trata de atingir a perfeição, mas de rir pelo caminho.
Isabel Allende (Afrodite – Contos, Receitas e Outros Afrodisíacos)
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