Tuesday, July 8, 2014

The paint of the day

The Kitchenmaid by Giuseppe Maria Crespi

Filé de Salmão ao tomate seco e gergelim preto



      Dia do jogo do Brasil. Um jogo que poderia levar o Brasil a uma decisão no Maracanã, mas que infelizmente entrou para a história do futebol, como o dia em que o Brasil, “apagou” diante do time da Alemanha. Uma “surra” de 7 gols contra apenas um (o gol de honra) do Brasil.
       Apesar dessa “tragédia”, eu e Cecília nos deliciamos com um belo almoço preparado por ela. Uma oportunidade que aproveitei; pois enquanto estava ajeitando algumas coisas aqui em casa, ela responsabilizou-se pelo almoço.
Não poderia ser melhor. Prato do dia: Frigideira de salmão com tomate seco e gergelim preto e brócolis.
Nem foi preciso ter arroz como acompanhamento, pois outros ingredientes foram muito bem escolhidos para tal. A combinação do salmão com brócolis ficou excelente. Batatas e cenouras cozidas com azeite, também tiveram participação decisiva na composição do cardápio; mas como ela sabe que eu gosto de mandioca, as fez bem cozidas e macias, com manteiga e sal. Para ela, especialmente, uma panelinha de quiabo com jiló refogados!!!!
Como sei que o que a maioria dos amigos e amigas querem, é saber a receita do salmão, acho melhor irmos direto ao assunto, não é mesmo? Tá bom!

Ingredientes do salmão

Um filé de salmão (1, 2 kg aproximadamente)
1 colher de sopa de tomate seco picado
1 cebola-roxa pequena fatiada bem fina
Suco de 1 limão Tahiti
Sal com especiarias
Azeite extra-virgem

Fazendo
Em uma frigideira grande, coloque um fundo de azeite extra-virgem. Tempere com o suco de limão e os demais ingredientes. Coloque os buquês de brócolis e finalize com os grãos de gergelim preto. Cozinhe em fogo médio, com a frigideira tampada por aproximadamente 20 minutos ou até o salmão ficar com uma textura rígida (mas cuidado para não ficar seco).
Sirva na própria frigideira.

Bom apetite!

Tuesday, July 1, 2014

A ecogastronomia chegando a Brasília


Não é de hoje que uma alimentação mais natural faz parte da rotina de quem se preocupa com a saúde. Desde o final da década de 60 que vejo vários movimentos focados nesta “tendência ideológica”, podemos assim dizer. Já naquela época era forte o movimento da “turma macrobiótica”; depois, já nos anos 70/80 a coisa liberou um pouco e veio a turma “natureba”, mais preocupada com a qualidade dos alimentos e abolindo os alimentos enlatados e a carne vermelha do seu cardápio. Infelizmente, porém, nunca houve restaurantes que se dedicassem a implementar com mais intensidade este tipo de cardápio mais saudável. Os que existiam, sempre estiveram na lista dos estabelecimentos de alimentação “alternativa”. Estranho isto, não? Considerar alimentação saudável como “alternativa”, quando deveria ser o contrário, comer "porcaria" seria a última ou única opção!
Hoje em dia, já no século vinte e um, vimos que esta preocupação ampliou-se e vemos que tanto produtores agrícolas quanto consumidores, têm uma consciência mais voltada à produção e consumo de produtos ecologicamente mais sustentáveis.
Já podemos, inclusive, encontrar uma vasta bibliografia sobre este assunto; e não é difícil encontrarmos chefes de cozinha renomados, assinando receitas que só usam produtos frescos e sem agrotóxicos.
A boa novidade estende-se a proliferação de restaurantes que aderiram à linha ecogastronômica – movimento que defende o uso de ingredientes frescos, sem agrotóxicos e sem conservantes químicos; valorizando sabores locais e levando em conta o trinômio: consciência ambiental – responsabilidade social – biodiversidade ecológica.
A ecogastronomia é o futuro. Cada vez mais, as pessoas se preocupam em saber a origem dos alimentos que consomem e como eles são produzidos, afirma a chef Alice Mesquita, da Alice Brasserie.
Mas não pensem que seguir a linha ecogastronômica é renunciar as carnes ou outros tipos de proteína animal. Não precisa tornar-se um vegan, basta utilizar alimentos orgânicos, evitar frituras e jamais usar produtos químicos (corantes, conservantes, antioxidantes e outros tantos) encontrados em produtos industrializados.
As condições e elementos fundamentais da ecogastronomia são:

Dieta equilibrada: recuperando hábitos alimentares tradicionais;
Alimentos locais, da época, de variedades tradicionais, artesanais ou silvestres;
Alimentos produzidos em modo biológico ou biodinâmico;
Alimentos a varejo;
Relação direta do produtor com o consumidor; e
Rejeitar os alimentos transgênicos, alimentos refinados e processados industrialmente.

Quando falamos em ecogastronomia, temos como referência o movimento Slow Food, movimento criado em 1986, por Carlo Patrini, na região italiana da Toscana na sequência dos protestos populares contra a instalação de um restaurante da cadeia multinacional McDonald’s, na Piazza di Spagna, em Roma, um dos locais mais emblemáticos da capital italiana, e constituiu-se formalmente numa associação internacional sem fins lucrativos em 1989.
Com mais de 100.000 associados pelo mundo, a filosofia da Slow Food defende a necessidade de informação do consumidor, protege identidades culturais ligadas a tradições alimentares e gastronômicas, protege produtos alimentares e comidas, processos e técnicas de cultivo e processamento herdados por tradição, e defende espécies vegetais e animais, domésticas e selvagens.
Aqui em Brasília, existe um movimento nesta filosofia de sustentabilidade, que por meio da Associação dos Produtores Rurais do Lago Oeste Asproeste, juntamente com a Emater/DF, vem incentivando os produtores rurais a mudarem antigos conceitos e práticas de agricultura predatórias para uma prática sustentável, onde natureza e a atividade agrícola convivam em harmonia, trazendo benefícios a todos.
O Núcleo Rural do Lago Oeste fica localizado a 35 km de Brasília, tendo por “vizinho” o Parque Nacional de Brasília. Por esta condição de vizinhança, é que a associação e diversos produtores vêm trabalhando em conjunto. Atualmente encontramos produtores de café orgânico, de suco de uva, pimentas, temperos, cogumelos, verduras, legumes e frutas. Além disso, a associação tem por uma de suas metas, propiciar aos moradores da região e mesmo a população de Brasília a aquisição de produtos orgânicos e até mesmo serviços com qualidade sustentável, inclusive na área do turismo. Isto tem chamado à atenção de alguns empresários, que já estão de olho na área, com a pretensão de abrir pequenos bistrôs e até mesmo restaurantes voltados a ecogastronomia.
 Mais uma opção para Brasília, merecedora do título de 3º pólo gastronômico do país e quem sabe, um dia, torne-se o primeiro pólo ecogastronômico do país.