Monday, December 27, 2010

Férias!

Prezados amigos e amigas, a partir de amanhã, dia 28, estarei de férias com a família. Um repouso merecido deste ano que foi repleto de emoções, decisões e tantas coisas boas.
Eventualmente, postarei alguma nova receita, ou alguma boa dica de restaurante ou barzinho por onde passar e ver que a vale o registro.
Voltarei só em fevereiro, até lá e Feliz Ano Novo!


Sunday, December 26, 2010

Salada Carioca

O verão chegando e junto com ele a vontade de comer coisas mais leves. Como diz Cecília, as combinações de saladas são quase infinitas, tal a variedade de frutas, legumes, verduras, azeites e temperos. 
Aproveitando a mudança da estação, Cecília preparou esta salada no Natal e aproveito para compartilhar com vocês a receita. Chamamos de “Salada Carioca”, mas com certeza é ela universal. Aproveitem, pois, a excepcionalidade da gastronomia globalizada.

Ingredientes:
3 mangas Tommy Atkins ou Haden
50g de castanha do Brasil picadas
50gr de amêndoas salgadas
1 bandeja de tomatinhos (cereja ou oblongo)
12 folhas de alface americana
1/2 maço de broto de feijão
200ml de suco de limão
Azeite
Sal ou aceto balsâmico

Modo de preparo:

         Descasque as manga e fatie-a e corte-a em pedaços pequenos. Depois de lavadas, rasque as folhas de alface americana e separe. Faça o mesmo com o agrião. Coloque-os em uma saladeira e acrescente as castanhas, as amêndoas e as fatias de manga. Misture bem. Derrame sobre a mistura, o suco de limão juntamente com o azeite. Por último, acrescente os espalhe os brotos de feijão e decore com os tomatinhos e fatias de manga na borda da saladeira.
         Quem quiser tempere com sal ou aceto balsâmico.

Salmão de Ano Novo

Ano Novo aproximando-se e em casa teremos uma opção diferenciada para a ceia. Mais uma vez fugirei dos tradicionais pratos de aves e suínos e prepararei uma nova (nem tanto assim) opção para um um início de ano mais light – lá vamos nós nos comprometendo em aliviar o peso na balança da farmácia.
Como estamos próximos ao mar e o calor favorece a um prato mais leve, nada melhor do que preparar um salmão assado com mousseline de batata baroa.
Vamos as receitas:

Salmão
Ingredientes:
2 filés grandes (+/- 2kg)
Alcaparras (2 colheres e sopa)
4 talos de salsão
4 cebolas-roxa médias
4 talos de alho-poró
1 colher chá de pimenta-rosa
Sal a gosto
Meio copo de vinho branco seco (150ml)
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem

Modo de preparo:
Lave os filés em água fria. Enxugue-os com papel-toalha e reserve. Faça o mesmo com as alcaparras para tirar o excesso de sal. Enxugue-as e reserve.
Corte a cebola-roxa em fatias bem finas. Faça o mesmo com os talos do salsão e do alho-poró. As folhas do salsão devem ser destacadas e reservadas.
Em uma tigela, misture a cebola, as alcaparras, o alho-poró, as pimentas-rosas e o sal. Misture bem. Acrescente o azeite e o vinho branco.
Pegue os filés e ponha-os em um saco para assar. Coloque o tempero e deixe marinando por cerca de 40 minutos.
Em uma forma refratária baixa, unte o fundo com azeite. Pegue os filés, escorra o molho e reserve. Deite os filés na forma e leve-os ao forno à uma temperatura de 180Cº, por aproximadamente 25 minutos.


Musseline de Batata Barôa
Ingredientes:
01 Kg de Batata barôa
150 ml de creme de leite fresco
1 colher de sopa de manteiga sem sal
Sal
Pimenta do reino branca moída na hora
Noz moscada

Modo de Preparo:
Descasque a batata barôa, corte em rodelas e cozinhe em pouca água. Após o cozimento (ficar macia), passe pela peneira fina, fazendo um purê.
Volte com o purê ao fogo baixo e adicione o creme de leite fresco e a manteiga, mexa bem para incorporar, tempere com o sal, a pimenta e a noz moscada, mexa novamente, experimente e corrija o tempero, quando começar a ferver desligue o fogo.

Wednesday, December 15, 2010

Frase do dia!

"É um péssimo cozinheiro aquele que 
não pode lamber os próprios dedos."

Willian Shakespeare

Tuesday, December 14, 2010

Polvo a Rubaiyat


Desta vez, trago a receita de um prato, que mesmo para os apreciadores de sushi, este está em um patamar de degustação, digamos assim, mais graduado. Afinal, nem todos gostam de comer polvo. Seja pelo seu visual “gosmento” quando exposto na banca da peixaria, seja pelo imaginável grau de dificuldade de seu preparo.
No momento que superamos ambas sensações e aceitamos o desafio de prepará-lo, nos deparamos com um prato saboroso e de variadas combinações para degustação.
Testei a receita a seguir e posso garanti-los que é uma boa opção para fazermos no Natal, fugindo da mesmice de perus, pernis, chesters e outros pratos de origem européia que nem sempre combinam com nosso verão.
Este prato é servido no restaurante Rubayat, em São Paulo.
Então, vamos a receita e bom apetite!

Ingredientes:

Tapenade
5 g de alcaparra em conserva
5 g de anchova em conserva
20 g de azeitona preta sem caroço
1 colher (sopa) de azeite extravirgem

Molho
4 colheres (sopa) de azeite extravirgem
1 colher (café) de páprica doce
1 colher (café) de páprica picante

Polvo
1 polvo de 3 kg a 4 kg
1 cebola média
1 colher (sopa) de azeite extravirgem
4 colheres (chá) de maionese
4 colheres (café) de alho moído
4 batatas assadas inteiras com a casca
1 maço de agrião
Sal a gosto
 
Modo de preparar

Tapenade*
Lave bem a alcaparra e a anchova para retirar o excesso de sal. Acrescente a azeitona, pique tudo muito bem e adicione o azeite. Misture e reserve.

Molho
Misture o azeite às pápricas. Reserve.

Polvo
Limpe o polvo, virando a cabeça. Retire a boca, que fica por baixo da cabeça. Leve ao fogo uma panela de cobre ou de aço inoxidável com bastante água. Quando a água ferver, mergulhe o polvo e retire-o rapidamente. Faça isso três vezes seguidas para quebrar as fibras existentes nos tentáculos.
Coloque sal a gosto e deixe cozinhar por cerca de 40 a 50 minutos na água fervente com uma cebola inteira, que será descartada depois do cozimento. Retire o polvo da panela, corte os tentáculos um a um e leve-os ao forno em uma panela ou travessa de ferro quente com o azeite para dourar. Terminado esse processo, viram-se todos os tentáculos para dourar o outro lado.

Montagem
Em cada prato, coloque 1 colher (chá) de maionese com 1 colher (café) de alho. Assente 1 batata sobre essa mistura. Por cima, disponha dois tentáculos de polvo, e, ao lado, folhas de agrião e 1 colher (chá) de tapenade. Regue os tentáculos com 1 colher (sopa) de molho de páprica. Sirva em seguida.

Este prato serve a 4 pessoas.

*Tapenade - Pasta típica da região francesa de Provence, utilizada como condimento ou acompanhamento de pratos, ou simplesmente para passar no pão. 

Sunday, December 12, 2010

"Não me coma"



Os representantes que chegavam aos portões da conferência sobre o clima em Copenhague, no mês passado, eram recebidos por mulheres vestidas como animais peludos segurando placas mostrando imagens de carneiros, vacas e porcos e alertando: "Não me coma".

As mulheres eram representantes de Ching Hai, a líder de um grupo que defende a adoção de preceitos budistas, incluindo seguir uma dieta vegetariana. Enquanto faziam fila por horas sob condições congelantes, muitos dos delegados pareciam gratos pelos lanches bem embalados - sanduíches sem carne - que as mulheres distribuíam de graça.

Os seguidores de Ching Hai dizem que uma das metas principais dela é combater desastres ambientais, e seus representantes em Copenhague pareciam ávidos em divulgar a mensagem de que o metano, expelido em grandes quantidades por vacas e outros rebanhos criados pelas indústrias de carne e laticínios, está entre os mais potentes gases do efeito estufa. Mas as virtudes do vegetarianismo como parte do combate à mudança climática estão longe de ser uma questão apenas para aqueles com inclinação espiritual.

Muito antes do encontro de cúpula em Copenhague, o aumento da demanda por carne e laticínios, particularmente entre a crescente classe média de países como China e Índia, com economias em rápido desenvolvimento, fez com que os elos entre a mudança climática e a política alimentícia se transformassem em um elemento importante no debate em torno do que fazer a respeito do aumento dos níveis dos gases do efeito estufa. O assunto pareceu ganhar força nas semanas que antecederam a conferência em Copenhague, com figuras proeminentes dos mundos da ciência e do entretenimento entrando na briga.

Falando no Parlamento Europeu no início de dezembro, o Beatle Paul McCartney disse que há uma necessidade urgente de fazer algo a respeito da produção de carne, não apenas por causa de seus efeitos sobre o clima, mas também por causa de questões relacionadas, como desmatamento e segurança das reservas de água.

McCartney, que há muito defende o vegetarianismo, pediu aos legisladores europeus que apoiem políticas que encorajem os cidadãos a evitarem de comer carne pelo menos um dia por semana, algo que poderia virar tão comum como reciclagem ou carros que rodam com tecnologia híbrida. Funcionários públicos na cidade belga de Ghent e crianças em idade escolar de Baltimore já realizam o dia sem comer carne uma vez por semana, ele afirmou.

McCartney estava acompanhado no Parlamento por Rajendra Pachauri, o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2007, que é a principal entidade da ONU que estuda o clima.

A conscientização pública dos problemas associados à carne é baixa, e as autoridades poderiam considerar impor uma sobretaxa sobre a carne bovina para desencorajar o consumo, disse Pachauri em comentários divulgados pela agência de notícias France-Presse.

Os produtores de carne imediatamente rotularam os comentários como um ataque à indústria e críticas vieram até de lugares tão distantes quanto a Nova Zelândia. "Cortar a carne por um dia pode parecer uma solução simples, mas há pouca evidência mostrando qualquer benefício", disse Rod Slater, o presidente-executivo da Beef and Lamb New Zealand, para a associação de imprensa do país."Sugerir que a carne não é verde é uma difamação emotiva contra uma indústria que continua investindo em pesquisa, lutando por maiores melhorias", acrescentou Slater, que disse que as pessoas que vivem na Nova Zelândia obtêm suas necessidades nutricionais diárias e grande parte de suas proteínas, zinco e vitamina B12, da carne bovina e de carneiro.

De fato, como várias outras áreas de pesquisa na ciência climática, a intensidade dos gases do efeito estufa na produção de carne é contestada. Quando um estudo na edição de novembro-dezembro da revista "World Watch" alegou que mais da metade dos gases produzidos pelo homem e que aquecem o planeta eram causados pela indústria da carne, um grupo de pesquisa do setor rebateu que um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) já tinha mostrado que o número relevante era mais próximo de 18%.

O estudo publicado na "World Watch" fracassou em "realçar os contrafatuais - como, por exemplo, seria um mundo sem rebanhos domesticados", escreveu Carlos Sere, diretor-geral do Instituto de Pesquisa Internacional de Rebanhos, em Nairóbi, na "Green Inc." em novembro. "Os herbíveros selvagens e cupins não poderiam tomar muitos desses ambientes, produzindo no final tantos gases do efeito estufa quanto os ruminantes domesticados?", perguntou Sere. "Nós, francamente, não sabemos ainda." Certamente a questão pode ter muito mais nuances do que alguns comentaristas sugerem.

Por exemplo: gado alimentado no pasto pode ter uma pegada de carbono muito menor do que aquele alimentado com ração e em confinamento, porque os animais em pastos exigem menos insumos baseados em matérias-primas fósseis como fertilizantes e porque eles ajudam o solo a retirar carbono. Esforços renovados estão em andamento para se chegar ao fundo do assunto.

No início deste mês, a Organização Mundial para a Saúde Animal disse que estudaria o efeito da produção de carne sobre a mudança climática, diante dos pedidos de seus países membros. "É uma questão que precisa ser estudada com bastante isenção", disse Bernard Vallat, o diretor-geral da organização, em uma coletiva de imprensa segundo a agência de notícias Reuters. "Nós queremos dar uma contribuição modesta e independente", ele declarou.

Vallet explicou que uma das questões mais espinhosas é como envolver a agropecuária nos esforços para reduzir os gases, mantendo ao mesmo tempo a segurança alimentar.

Sere, do instituto de pesquisa dos rebanhos, reconheceu a necessidade do desenvolvimento de uma forma de produção de rebanhos entre a pecuária industrial e familiar, que eliminaria a pobreza sem esgotar os recursos naturais ou prejudicar o clima. Ele disse que os ambientalistas devem ter em mente que "a maior preocupação de muitos especialistas em relação aos rebanhos nos países em desenvolvimento não é seu impacto sobre a mudança climática, mas, sim, o impacto da mudança climática sobre a produção dos rebanhos".

Os "ambientes tropicais mais quentes e mais extremos que estão sendo previstos não ameaçam apenas até um bilhão de meios de vida baseados na pecuária, mas também o suprimento de leite, carne e ovos para as comunidades famintas que mais necessitam desses alimentos", ele concluiu.

Publicado no UOL - By James Kanter - janeiro de 2010.



"Morro de medo de ovos, pior do que morrer de medo, eles me revoltam. Aquela coisa branca arredondada sem nenhum buraco. Você já viu algo mais revoltante de que uma gema de ovo quebrando e derramando seu líquido amarelo? O sangue é alegre, vermelho. Mas a gema do ovo é amarela, revoltante. Eu nunca a provei."

Alfred Hitchcock 

Monday, December 6, 2010

Alho Poró. Um ingrediente delicado de sabor marcante

O alho-poró é uma erva de origem euroasiática, largamente utilizada no Brasil. Só floresce no segundo ano de existência, época em que há produção de sementes. Suas folhas, compridas e largas, sobrepõem-se na base, onde formam um falso caule de 10 a 20 cm de altura. Suas flores são brancas, róseas ou lilases. As sementes são pretas, achatadas e enrugadas. Sua planta adapta-se melhor aos climas mais frios (como os de montanhas e os do sul do Brasil) e desenvolve-se bem em solos areno-argilosos profundos e ligeiramente úmidos.


(clique na imagem para ampliar/fonte: Google Imagens)

Para o uso, retira-se a planta em estado tenro e com raiz. As folhas secas são eliminadas e as verdes cortadas na metade de sua altura. As sementes são recolhidas quando se encontram bem maduras. Por ser uma planta de baixa resistência, recomenda-se que não se estoque por muito tempo, ou que se utilize a versão desidratada.

USOS
Use o alho-poró gratinado com queijo parmesão, em conserva no vinagre de vinho branco com cravo-da-índia e primenta-do-reino em grãos, em sopas, omeletes e no suflê de queijo.

Quantidades sugeridas para uso em vários pratos
- 1 colher (sopa) em 1 kg de macarrão pequeno.
- 2 colheres (sopa) no suflê de queijo


RECEITA: ROLOS DE FILÉ DE LINGUADO AO ALHO-PORÓ

Ingredientes:
4 colheres (sopa) de pimentão vermelho cortado em fatias
4 filés de linguado temperados com sal e limão
3 colheres (sopa) de manteiga
2 alhos-porós cortados em rodelas finas
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de vinho branco seco
2 xícaras (chá) de creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de suco de limão
1 pitada de noz-moscada
sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de Preparo:
1. Coloque uma colher (sopa) de pimentão em cada filé e enrole como um rocambole, prendendo com palitos para não abrir. Reserve.
2. Em uma frigideira grande, derreta uma colher (sopa) de manteiga e frite o alho-poró até amaciar. Retire e reserve. 
3. Na mesma frigideira, coloque o restante da manteiga, e frite a farinha de trigo. Abaixe o fogo e adicione o vinho aos poucos, sem parar de mexer, para não formar grumos.
4. Em seguida, acrescente o creme de leite, mexendo sempre, até engrossar. Junte o alho-poró, o suco de limão, a noz-moscada, o sal e a pimenta-do-reino.
5. Coloque os rolos de linguado no molho, espalhe pedacinhos de manteiga sobre cada filé e tampe a panela, deixando ferver por 10 minutos. Desligue e sirva a seguir.

Alho-Poró (Allium porrum)
Francês: Poireau
Alemão: Breitlauch, Porree
Espanhol: Puerro
Italiano: Porro
Inglês: Leek



Flor do alho-poró (linda!)
(Clique na imagem para ampliar/ fonte: Google Imagens)

Por Juliana Akemi, in http://mundogastrologico.blogspot.com/2010/11/ingrediente-alho-poro.html#more

Saturday, December 4, 2010

Mais detalhes da receita do Beto

Arroz com brócolis e camarão
Clique na imagem e vá a até a receita....

A sopa, segundo Isabel Allende

   Às sopas aplica-se um critério semelhante ao dos molhos: são como preâmbulos do amor e devem ser preparados levando-se em conta todos os sentidos: aparência, aroma, sabor, textura e, em alguns casos, som. O processo de fazer uma boa sopa passa pelas mesmas etapas pelas quais se passa ao fazer amor bem feito; em ambos os casos é preciso mergulhar no prazer sensual de misturar, cheirar, experimentar, lamber, acrescentar, abster-se, duvidar, colocar mais…A filosofia culinária é como a do jogo: se não for divertido, esqueça. Não se trata de atingir a perfeição, mas de rir pelo caminho.
Isabel Allende (Afrodite – Contos, Receitas e Outros Afrodisíacos)

Receitas Afrodisíacas


   Em tempos de DR (discutir a relação), uma publicação se sobressai entre tantos livros de auto-ajuda. Pois é, nada de considerações psicológicas, de dicas comportamentais ou questionamentos filosóficos, que pudessem mover casais na busca de reencontros.
  "Lugar de mulher é na cozinha!" - Tá certo! Junto com seu amado. Na descoberta conjunta da alquimia dos aromas e sabores da gastronomia. 
   "Papo cabeça", nem pensar. Passe algumas horas, estudando os temperos da natureza, os temperos que uniram o casal e o mantiveram felizes por muitos e muitos pratos deliciosos.
   Isabel Allende, nos ensina a rever estes momento, de uma maneira divertida e didática, em um livro de receitas que vai além da descrição sumária. Um passeio pela história da gastronomia afrodisíaca, em 328 páginas, recheadas de deliciosas receitas a serem preparadas a dois.
   Afrodite  (Ed. Bertrand Brasil) é um livro que deve fazer parte da bibliografia de todos os gourmets e gourmants, independente de sua condição conjugal. 
Bom proveito e divirtam-se a dois!

Humor



CHURRASCO DE RICO E CHURRASCO DE POBRE
 
 
TRAJE FEMININO:

DE RICO: 

 
Calça capri de cor clara da Zara ou outra grife importada,
  • Bolsas L. Vuitton, Prada.
  • Camisetinha básica branca da Club,
  • Chocolate ou Doc Dog.
  • Óculos Chanel, Valentino,
  • Sandalia Miss Sirena.
  • Ela sempre chega sozinha, dirigindo o seu próprio carro.
     
DE POBRE:  
 
  • Mini-saia curtíssima do Hipermercado EXTRA,
  • Blusinha da C&A estampada,
  • Tamanco de madeira de salto altíssimo ou tênis de R$ 19,00.
  • Óculos coloridos do camelô é claro!!,
  • Piercing e anel no dedo do pé.
  • Muitas usam biquíni por baixo, na esperança de tomar um banho de piscina.

 
TRAJE MASCULINO:

DE RICO: 

 
  • Bermuda Hugo Boss ou Richard,
  • Camisa esporte Siberian ou Brooksfield,
  • Óculos Armani
  • Aquela caminhonete importada maravilhosa.
DE POBRE: 
 
  • Chinelo Rider,
  • Bermuda florida ou feita de uma calça jeans cortada com a barriga aparecendo,
  • Camisa do Corinthians ou do vASCO jogada nas costas (eles morrem de calor)
  • Óculos de camelô na testa.
  • Chegam de Monza ou de carona com mais oito pessoas.  

 
A COMIDA:

DE RICO: 

 
  • Normalmente eles não comem, quando comem é um pouquinho de cada coisa.
  • Arroz com brócolis ou açafrão, farofa com frutas, filé de cordeiro, picanha argentina, muzzarella de búfala.
  • Sendo que cada coisa a seu tempo e pausadamente.

DE POBRE: 

 
  • Vinagrete, farofa com muita cebola, maionese, muita asa de frango, lingüiça com pão de alho, costela e miolo de acém (que eles juram ser mais macio que picanha!).  

 
A BEBIDA:

DE RICO: 

 
  • Os homens, Chopp da Brahma ou cerveja Heineken
     geladíssima.
  • As mulheres, tônica Schweppes Citrus , água Evian ou Coca-Cola Light.  
DE POBRE: 
 
  • Cerveja Itaipava ou Kaiser, geladas no tanque de lavar roupa cheio de gelo. Quem fica tonto mais rápido, bebe intercalando
     água da torneira.
  • Muita caipirinha com Caninha da Roça, Baré Cola e Guaraná Sarandi. 

 
PRATO:

DE RICO: 

 
  • Normalmente beliscam uma picanha servida num enorme prato branco liso de porcelana,
  • Taças adequadas a cada tipo de bebida: água, chopp, refrigerante.  
DE POBRE: 
 
  • Os tradicionais pratinhos de alumínio ou papelão, eles ficam o tempo todo de olho na fila esperando diminuir.
  • As bebidas são servidas em copinhos plásticos (reciclados) de 200 ml. (compra-se a quantidade exata do número de convidados) ou servem naqueles de requeijão ou geléia para os convidados mais chegados: familiares, algum cabo da PM, Corpo de Bombeiros, Escrivão da Polícia, etc. (OS VIPS).

 
MÚSICA:

DE RICO:

 
  • Jack Johnson, Maria Rita, música instrumental, Lounge Music e Jazz.
  • Podem contratar um grupo que toca chorinho, mas com músicos formados pela Escola de Música da UFRJ.  
DE POBRE: 
 
  • Aquele pagodão de pingar suor, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Revelação.
  • Já no Sul música gauchesca o churrasco todo, mesclando com aquele sertanejo básico que está na moda.
  • Só CD's piratas (4 por 10,00) mídia azul.
  • O importante é tirar a galera do chão, depois de umas 2 horas de churrasco, todos já estão dançando, independente das idades ou credos.
  • A mulherada tira a sandália, porque não estão acostumadas, e bota a poeira pra subir.

O CHURRASQUEIRO:

DE RICO: 

 
  • Contratado de uma churrascaria famosa.
  • Trabalha com um uniforme impecável e traz consigo toda equipe necessária para atender todos os convidados.
DE POBRE: 
 
  • Amigo de um conhecido que adora fazer churrasco, e cada hora um fica um pouquinho pra revezar.
  • Normalmente é um cara barrigudo que fica suando com uma toalhinha na mão (ele usa para enxugar o suor, limpar as mãos e o que mais precisar!).
  • Adora ficar jogando cerveja na brasa para mostrar fartura!  

 
O LOCAL:

DE RICO: 

 
  • Área coberta, com piso de granito, tem mesinhas, ombrelones e bancos da Indonésia, num lindo jardim com piscina, mas ninguém se anima dar um mergulho, pois a mesma está decorada com um lindo arranjo de flores tropicais.  
DE POBRE: 
 
  • Normalmente na laje, com sol quente na cabeça ou chuva para acalmar o fogo (então é improvisada uma lona de caminhão como cobertura, mas só para proteger a churrasqueira).
  • Cadeiras só para quem chegar mais cedo (esses cedem o lugar para as grávidas que sempre chegam atrasadas), os demais ficam em pé, esbarrando uns nos outros e pisando no seu pé, mas não tem problema porque a maioria tá descalço.
  • Sem esquecer o tradicional banho de chuveiro, onde os bêbados começam com a brincadeira de querer molhar todo mundo.  

 
O FINAL:
 

 
DE RICO: 
 
Em no máximo 4 horas, cada pessoa sai em seu próprio carro. Mas saem em momentos diferentes, para que o dono do churrasco possa fazer os agradecimentos a cada um com atenção.
 
DE POBRE: 
 
  • Dura no mínimo 8 horas e depois que todos já estão bêbados, o dono da casa diz que tem que trabalhar cedo no dia seguinte, mas o pessoal ainda quer fazer vaquinha para comprar mais uma caixa de cerveja.
  • Quem não tem carro é de carona ou vai de buzão mesmo. (isso sem falar nos que passam mal, vomitam e precisam curar o porre, estabacados no sofá ou no tapete, antes de pensar em ir embora e naqueles parentes e amigos mais chegados que são intimados a 'dar uma mãozinha' na faxina do recinto!).
  • O pessoal que tem carro, liga o som bem alto e sai buzinando, sorrindo e gritando: 'Valeu maluco!!!