Wednesday, August 29, 2012

Como Dessalgar o Bacalhau

 

   É normal lermos uma receita de bacalhau e sentir água na boca, não é mesmo!? Pois bem. A partir do momento em que que iniciamos a confecção da receita, nos deparamos com um procedimento que eu considero fundamental, que é: dessalgar o bacalhau. Para mim, a parte mais importante para o sucesso de qualquer receita que leve este nobre pescado. 
   O bacalhau sêco e salgado precisa ser dessalgado e novamente hidratado para poder ser consumido. Feita essa operação, que de fato é muito simples, o bacalhau deverá ter readquirido sua maciez, tendo ganho uma consistência e um gosto que o peixe fresco jamais terá. O bacalhau pode ganhar até 20% peso se for corretamente dessalgado.
   Veja como é simples dessalgar e aproveitar o melhor do peixe, fazendo-o render e ficar com um sabor excepcional:

1- Depois de cortar o bacalhau em postas, lave bem em água corrente para tirar o sal que recobre o peixe.

2- Coloque o bacalhau num recipiente fundo, sobrepondo as partes de modo que a pele fique em contato com a carne (isso no caso da pele não ter sido toda retirada, ou se ainda restarem pedaços). Cubra o bacalhau com água.

3- Guarde o vasilhame dentro da geladeira - a dessalga do bacalhau dentro da geladeira fará com que ele fique tenro e consistente. Na água gelada o bacalhau não irá exalar cheiro algum. Se dessalgado fora da geladeira, além de exalar cheiro forte, o bacalhau pode pré-cozinhar e até estragar, principalmente nos dias mais quentes.

4- É preciso trocar a água do bacalhau de três a quatro vezes por dia.

5- O tempo médio para dessalgue depende da altura das postas (ou lombos) do bacalhau:

Postas normais: 24 horas

Postas grossas: 40 horas

Postas muito grossas: 48 horas

Bacalhau desfiado: 6 horas
   O ponto certo de sua carne é quando o sal já foi praticamente eliminado. Para percebê-lo, no começo, basta provar a água para verificar a diminuição do sal. Depois, com uma faquinha delicada, ou mesmo com as mãos, pode-se tirar uma lasquinha da carne de dentro do lombo para ver se o sal já foi eliminado.
Fonte: http://www.correiogourmand.com.br/receitas_tecnicas_cozinha_como_dessalgar_bacalhau.htm

Os Segredos Das Pessoas Que Nunca Ficam Doentes

 

   Em suas andanças pelo mundo, Gene Stone ficou intrigado ao observar que alguns povos nunca ficavam doentes, e resolveu perguntar o que elas faziam para isso.
   As respostas foram para o livro Os segredos das pessoas que nunca ficam doentes, recém-lançado nos EUA. Na observação dele, os cinco povos mais saudáveis são a Barbagia, na Itália; Okinawa, no Japão; a comunidade dos Adventistas do Sétimo Dia, na Califórnia; a Península de Nicoya, na Costa Rica; e a ilha grega de Ikaria.
 
O que fazer:
 
1. Beber água mesmo sem ter sede

2. Ir ao dentista regularmente

3. Ingerir mais nozes

4. Temperar com alho
 
5. Comprar alimentos regionais
 
6. Comer mais frutas
 
7. Aprender a planejar
 
8. Fracionar a dieta
 
9. Aproveitar o contato com a natureza
 
10. Levantar peso
 
11. Ser um voluntário
 
12. Celebrar a vida
 
13. Cultivar a sua fé
 
14. Trocar o café pelo chá-verde
 
15. Pegar leve com as carnes vermelhas
 
16. Praticar mais atividade aeróbica
 
17. Encontrar a sua tribo

18. Ser agradável 
 
19. Definir seus objetivos
 
20. Conhecer melhor a ioga
 
21. Guardar o despertador na gaveta
 
22. Apostar nos integrais
 
23. Pensar na sua vocação
 
24. Doar seus pratos grandes
 
25. Ter atitudes positivas
 
26. Emagrecer a despensa
 
27. Saber como usar a soja
 
28. Estudar sempre
 
29. Ter um dia só para você
 
30. Apagar o cigarro
 
31. Ouvir a sua música
 
32. Respirar com consciência
 
33. Curtir os animais
 
34. Ser muito mais ativo
 
35. Desacelerar o ritmo
 
36. Comer mais iogurtes
 
37. Investir no ômega-3
 
38. Controlar o álcool
 
39. Brincar com as crianças
 
40. Construir o próprio jardim
 
41. Desfrutar do sol
 
42. Perdoar mais
 
43. Dar uma chance à laranja
 
44. Alongar o corpo todo
 
45. Cochilar após o almoço
 
46. Priorizar as pessoas amadas
 
47. Esquecer do sal
 
48. Praticar sexo seguro,com prazer e responsabilidade
 
49. Criar um tempo para a família
 
50. Usar as dicas diariamente

Sunday, August 26, 2012

A Gastronomia na Literatura - Cora Coralina



   O texto a seguir, é da poetisa e doceira goiana Cora Coralina. Um conto para crianças, que ouvi hoje, de uma contadora de história para crianças, que ao lê-lo, fez com que minha boca enchesse d'água. Eu tive a nítida visão das cocadas e pude até sentir o aroma...Impressionante como a literatura também consegue tocar nossos sentido gustativo. Confiram!

As cocadas
Cora Coralina

    Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. 

   Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. 

    Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando atravessada de paus de canela cheirosa.

    O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.

   Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez, mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível. De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. 

  Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina. Batia os ovos, segurava gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze.

    Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.

     As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.

   Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador ... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces em interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.

   Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta - má e dolorida - de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.

Tuesday, August 21, 2012

Photo of the day

photo by W. Roger Keagle Jr

Puff de Laranja - Receitas de D. Jacy

 

   Esta é mais uma receita de D. Jacy – Puff de Laranja. Uma excelente idéia para servir de sobremesa a seus convidados, depois do almoço ou mesmo no lanche da tarde; e certamente a garotada também vai gostar.
Você pode até achar estranho, publicarmos uma receita tão “verão”, mas duvido você ficar impassível ao ver esta delícia e não querer fazê-la e principalmente degustá-la. Então, vamos à receita de D. Jacy!? Anote!


Ingredientes

5 gemas

10 colheres de sopa de açúcar

Casca ralada de 2 laranjas

Suco de 2 laranjas

1 envelope de gelatina incolor

1 lata de creme de leite fresco

5 claras


Fazendo

Bata as gemas e o açúcar numa tigela refratária até ficarem claras e fofas. Ponha a tigela em uma panela com água quente pela metade e leve ao fogo baixo. Bata a mistura com a batedeira por 15 minutos ou até que fique firme. Adicione a casca e o suco de laranja, bata até a mistura ficar quase à temperatura ambiente.

Deixe a gelatina de molho em 6 colheres de sopa de água fria, por 3 minutos e depois leve ao fogo para derreter. Adicione o creme de gemas e laranja, batendo um pouco.

A parte, bata o creme de leite em ponto de chantilly e misture-o delicadamente com o creme de laranja.

Leve para gelar por 1 hora ou até que fique frio, mas não muito firme. Bata as claras em neve e junte com cuidado ao creme. Deixe gelar pelo menos por 4 horas ou durante a noite. Decore som pequenos suspiros e pedacinhos de casca da laranja.

Sunday, August 19, 2012

Photo of the day

Photo by Luiz C. Machado - Cozinhando com Amigos
Pirenópolis/GO - ago 2012

Thursday, August 16, 2012

Frase do dia - Amir Klink


"Comecei a caprichar mais na cozinha e percebi que já podia preparar pratos novos, com requintados temperos. Comer passou a ser a atividade mais interessante a bordo."

Amir Klink
Brasileiro empreendedor de aventuras marítimas e escritor


Wednesday, August 15, 2012

Picture of the day


Julia Child - Happy Birthday to You

“I was 32 when I started cooking; up until then, I just ate.” - Julia Child

          Julia Child comemoraria hoje 100 anos e Cozinhando com Amigos não poderia deixar de reverenciar esta encantadora senhora, que tornou-se uma referência mundial na gastronomia. Alegre e sorridente, Julia Child conquistou a todos com sua simpatia e seu jeito simples de ensinar a seu público a arte da cozinha.
       Reproduzimos abaixo, um texto publicado no Wikipédia e resume bem o que Julia representa para nós que gostamos de cozinhar.

      Julia Child, pseudônimo de Julia Carolyn McWilliams (Pasadena, 15 de agosto de 1912Santa Bárbara, 13 de agosto de 2004) foi uma autora de livros de culinária e apresentadora de televisão americana.
Julia Child poderia ter sido apenas mais uma apresentadora de programa de culinária. Mas foi com seu jeito original e bem humorado, saudando sua audiência com um largo sorriso e um sonoro “Bon Appétit”, que ela conquistou de “simples mortais”, ávidos por aprender a cozinhar, a célebres nomes da gastronomia mundial.
Embora tenha falecido no ano de 2004, dois dias antes de completar 92 anos de idade, a chef californiana continua sendo atual e, diga-se de passagem, muito bem citada pelos entendidos do assunto. “Julia Child foi a figura mais importante, influente e com poder de mudança da história da gastronomia americana. Tudo se volta para ela”, disse o renomado chef americano Anthony Bourdain, do programa de TV de culinária Anthony Bourdain: No Reservations, ao jornal Huffington Post. “Ela será lembrada pelo que ela fez nessa terra, que era inspirar milhares de pessoas a cozinhar – e comer – melhor”, acrescentou.
Neste dia 15 de agosto Julia completaria 100 anos de idade. Em 2009, seu encontro com a culinária foi retratado no filme Julie & Julia, protagonizado pela atriz Meryl Streep. Desafiando a própria inabilidade na cozinha, ela começou a se aventurar nas panelas tardiamente. “Eu tinha 32 anos quando comecei a cozinhar. Até então eu só comia”, disse, certa vez.
Após se mudar para França, para acompanhar o marido militar, resolveu afastar o tédio se matriculando nas aulas de culinária oferecidas pela escola Le Cordon Bleu – decisão que acabou mudando a sua vida. Com bom humor e persistência, ela se entendeu muito bem com as técnicas francesas e acabou por compartilhar o que aprendeu com milhares de pessoas por meio de seus programas de TV e livros, entre ele, a “bíblia” Mastering the Art of French Cooking (em tradução livre, Dominando a Arte da Culinária Francesa). “Julia foi uma mentora para mim. Ela influenciou completamente a forma como me aproximo e preparo comida. Ela ajudou a mudar a forma como os americanos enxergam o ato de cozinhar e de jantar”, afirmou o chef americano Emeril Lagasse, que tem programas de TV de culinária e livros sobre o assunto.

Não desperdice a casca do limão

 
 
   Muitos profissionais em restaurantes, além de nutricionistas estão usando ou consumindo o limão inteiro, em que nada é desperdiçado. Como você pode usar o limão inteiro sem desperdício? Simples...

   Lave bem a casca do limão coloque-o na seção do freezer de sua geladeira. Uma vez que o limão esteja congelado, use seu ralador e rale o limão inteiro (sem necessidade de descascá-lo) e polvilhe-o em cima de seus alimentos. Polvilhe-o em suas bebidas, vinho, saladas, sorvete, sopa, macarrão, molho de macarrão, arroz, sushi, etc.
   Todos os alimentos inesperadamente terão um gosto maravilhoso, algo que você talvez nunca tenha provado antes. Provavelmente, você achava que só o suco de limão teria vitamina C. Pois bem, saiba que as cascas do limão contêm vitaminas de 5 a 10 vezes mais do que o suco de limão propriamente dito. E, isso é o que você vem desperdiçando.
   Mas de agora em diante, por seguir esse procedimento simples de congelar o limão inteiro e salpicá-lo em cima de seus pratos, você pode consumir todos os nutrientes e obter ainda mais saúde.
  As cascas do limão são rejuvenescedoras da saúde na erradicação de elementos tóxicos do corpo.
 
 
Os benefícios surpreendentes do limão!

O limão (Citrus) é um produto milagroso para matar células cancerosas. Seu sabor é agradável e não produzindo os efeitos horríveis da quimioterapia, sendo 10.000 vezes mais forte do que a mesma.

Por que não sabemos nada sobre isso?

   Porque existem laboratórios interessados em fazer uma versão sintética que lhes trará enormes lucros.
  Quantas pessoas morrem enquanto esse segredo é mantido, para não pôr em perigo as grandes corporações multimilionárias? 
 
Utilização

   Como sabem, a árvore do limão é conhecida por suas variedades de limões e limas. Você pode comer as frutas de diferentes maneiras: a polpa, o suco, preparando bebidas, sorvetes, bolos, etc.
   A ele é creditado muitas virtudes, mas o mais interessante é o efeito que produz sobre cistos e tumores. Essa planta é uma solução comprovada contra cancros de todos os tipos. Alguns dizem que é muito útil para todas as variantes do cancro.
  Ele é considerado também como um espectro antimicrobiano contra infecções por bactérias e fungos, eficaz contra parasitas internas e vermes, que regula a pressão de sangue, quando muito alto, e um antidepressivo, combatendo o estresse e distúrbios nervosos.
 A fonte desta informação é fascinante: ela vem de uma das maiores fabricantes de drogas no mundo, diz que, após mais de 20 testes desde 1970, os extratos revelaram que: destrói as células malignas em 12 tipos de cancro, incluindo cólon, mama, próstata, pulmão e pâncreas...
  Os compostos dessa árvore mostraram-se 10.000 vezes melhores do que o produto Adriamycin, uma droga normalmente utilizada como quimioterápico no mundo, retardando o crescimento das células cancerosas.
 E o que é ainda mais surpreendente: este tipo de terapia com extrato de limão apenas destrói células de câncer maligno e não afeta as células saudáveis. Antes tarde do que nunca!

Fonte: Texto encaminhado por Rose Pedersoli.

Saturday, August 11, 2012

Photo of the Day - Un autentico asado gaucho


Brie em lâmina de abobrinha gratinada

Photo by Ana D'Andrea


Esse prato acabou de sair, minha gente! Produção de minha comadre Ana D’Andrea que me deu a honra de batizar suas receitas. Ana não sossega, deixou de lado a arquitetura, tornou-se dublê de empresária em algumas empreitas e hoje é uma boulanger que vem conquistando seu espaço no concorrido mercado de São Paulo. Se você visitar sua página no Facebook, verá que tem um grupo de seleto de amigos, que já passam de mil, todos admiradores de suas receitas e principalmente de sua sincera amizade.
Para quem não come carne, mas come proteína animal, considero esta receita ideal, pela sua leveza e agilidade no fazer. Segue a linha mediterrânea, sendo ao mesmo tempo um prato leve e nutritivo. Brie em lâmina de abobrinha gratinada é o nome do prato.
Ana é bem prática, e se você está com pressa e quer comer algo diferente, com um toque gourmet, anote a receita.

Ingredientes
1 abobrinha laminada e gratinada em uma chapa de ferro
1 cenoura laminada e grelhada em uma chapa de ferro
1 fração de queijo Brie cortado em retângulos finos
Folhas de manjericão pra decorar

Fazendo
Depois de grelhar a abobrinha e a cenoura, montar da seguinte forma: uma lâmina de cenoura, sobre ela uma lâmina de abobrinha e por último a fatia de queijo Brie. Enrole e finalize com uma folha de manjericão. Prenda com um palito.

Pronto! Simples assim.

Polenta com Queijo Gruyère - Rose Koraicho

Photo by Rose Koraicho


A polenta é sabidamente, um prato italiano, mas que também faz parte do cardápio do argentino e do brasileiro, principalmente de São Paulo até o Rio Grande do Sul, onde existe uma maior concentração de imigrantes de italianos.
Cada mamma tem sua receita, aprendida com sua mamma que aprendeu com sua mamma e por aí vai. Feita à base de fubá de milho, a polenta é feita de duas maneiras frita, servida em tiras ou em forma de mingau, mais fácil de fazer e que acompanha um maior número de receitas.
Vamos mostrar hoje, uma receita de Rose Koraicho, que faz a polenta com queijo gruyère. Segundo Rose, o mais importante na feitura desta receita é usar um bom caldo de legumes feito em casa. No restante é fazer como se faz tradicionalmente. Vamos à receita? Anotem.

Ingredientes
2 litros de caldo de legumes
1/2 xícara de chá de azeite
3 xícaras de chá de fubá branco
300g de queijo gruyère picado

Fazendo
Ferva o caldo de legumes em uma panela grande. Acrescente o azeite e coloque o fubá lentamente, mexendo bem. Deixe cozinhar por 1 hora, em fogo brando, misturando de vez em quando. Acrescente o gruyère e misture-o bem.
A polenta estará pronta quando estiver consistente e soltando dos lados e do fundo da panela.
Sirva imediatamente.

Friday, August 10, 2012

Video of the month - Eat


Bolo de Fécula de Batata de D. Jacy

 

    Já disse a vocês que uma das pessoas responsáveis pelo meu interesse nos mistérios da cozinha, foi D. Jacy - minha mãe. Eu ficava sentado na cozinha, vendo-a preparar tantas cosias e ficava ali esperando o que houvesse de vir, fosse salgado ou doce. 
    D. Jacy tinha um caderno (me deu recentemente, pois achou que seria mais útil para este aprendiz) com variadas receitas. Bolos tortas, salgados, massas; enfim, um tanto de receitas que apesar de não estarem catalogadas, é uma boa surpresa para quem lê, pois você pode abrir o caderno e escolher a receita do dia. Seja ela qual for. Boa idéia, não?
    Pois bem, independente disso, fui procurar algo novo, algo que pudesse ser feito neste fim de semana que se aproxima. Coincidentemente, hoje conversei com minha amiga Ana D'Andrea, a respeito de uma oficina de pães sem glútem e eis que me deparo com uma receita do caderninho de D. Jacy: Bolo de fácula de batata. Logicamente sem glútem.
   Um achado que de imediato resolvi publicar, pois tenho amigos e parentes que tem intolerância a glútem e esta receita seria ideal, para aquela tarde de domingo, acompanhado de um bom Darjeeling tea.

 

    Tive que fazer uma pequena adaptação, pois a receita que ela escrveu estava bem resumida, uma vez que ela escreveu somente o básico e o restante ela fazia de cabeça. Então  anotem.

Ingredientes

8 ovos (separar as claras das gemas)
500g de açúcar
1 pacote de fécula de batata
2 colheres chá fermento em pó Royal

Fazendo 

Bate-se o açúcar com as gemas até termos uma mistura esbranquiçada. Junte o fermento à fécula e junte aos ovos batidos com o açúcar. Bata as claras em castelo e adicione ao preparado anterior
Leve ao forno a 180ºC, em forma untada e enfarinhada até estar cozido. Desenforme e sirva depois de esfriar.

Thursday, August 9, 2012

Língua gratinada - por Claude Monet


    Em abril deste ano, publiquei duas receitas que fizeram parte das preferidas do pintor francês Claude Monet: Cebolas Brancas Recheadas - Charlotte Lysés e Coq au Vin. As duas estão no livro À mesa com Monet – Ed. Sextante, e fazem parte do caderno de receitas do pintor. Monet não cozinhava, mas gostava que os pratos fossem preparados com maestria e coube a historiadora Claire Joyes a reprodução minuciosa do estilo de viver e receber do artista. 
       Desta vez vamos apresentar um prato que não é uma unanimidade, mas muitos o adoram, e como tudo é uma questão de gosto, ficamos com a indicação de Monet. O prato? Língua gratinada.

Ingredientes

1 língua de boi
1 alho-poró,
500 g de nabo
1 talo de aipo (salsão)
2 cenouras
3 cebolas
15 g de pimenta em grãos inteiras
1 bouquet garni
250ml de vinho branco seco
3 pepininhos em conserva em fatias
3 cebolas picadas
4 colheres de sopa de salsa picada
140g de de farinha de rosca
50g de manteiga em pedacinhos
Fazendo 

Deixe a língua de molho desde à véspera. No dia seguinte, escalde em água fervente durante meia hora. Remova a cartilagem e a parte gordurosa, depois retire a pele. Ponha para cozinhar durante 3 horas numa panela tampada, com o alho-poró, o nabo, o aipo, a cenoura, a cebola, apimenta e o bouqet garni. Após 45 minutos, retire os legumes, cortando-os em cubos. Quando esfriar, fatie a língua. Unte uma travessa com manteiga. Ligue o forno em temperatura branda. Arrume as fatias no centro da travessa, com os legumes em volta, regue com vinho, espalhando por cima os pepinos, as cebolas picadas e a salsa. Polvilhe farinha de rosca e adicione pedacinhos de manteiga. Gratine por cerca de meia hora.

Bom apetit!

Friend's recipe - Receita de amigos

 

    Visitei a página de minha amiga Sarah (Sarah Cupcake) e encontrei esta magnífica idéia para o lanche da tarde. Não. Nem pensem que vou copiar a receita e publicar em meu blog. Ao contrário; mesmo que o blog dela esteja em inglês, convido vocês a visitá-lo, pois é muito bom.
    Bom apetite!

Obs: Clique no nome do blog e vá até o site.

A Culinária na Música Popular Brasileira - 10


    Gilberto Gil dispensa apresentações. Personagem de destaque na MPB, Gil comemora seus 70 anos, mantendo sua criatividade em permanente renovação e proporcionando a seus fãs a certeza de que Gil é e sempre será um expoente no cenário musical brasileiro.
    Cozinhando com Amigos escolheu Refazenda, gravada em 1975, por se tratar de um ícone da discografia de Gil, nesta época; e é claro, por abordar uma temática com referência gastronômica.
  Parabéns Gil, feliz 70 anos e boas realizações, pois estaremos aqui esperando para usufruir de seu talento!

Refazenda
Gilberto Gil

Abacateiro acataremos teu ato
Nós também somos do mato como o pato e o leão
Aguardaremos brincaremos no regato
Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração
Abacateiro teu recolhimento é justamente
O significado da palavra temporão
Enquanto o tempo não trouxer teu abacate
Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão
Abacateiro sabes ao que estou me referindo
Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo
Cedo, antes que o janeiro doce manga venha ser também
Abacateiro serás meu parceiro solitário
Nesse itinerário da leveza pelo ar
Abacateiro saiba que na refazenda
Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar
Refazendo tudo
Refazenda
Refazenda toda
Guariroba

Wednesday, August 8, 2012

Photo of the day

Author unknow

Biscoito Monteiro Lopes


        Ainda falando de receitas regionais, tem uma que tenho certeza que poucas pessoas conhecem; principalmente quem não mora nas regiões norte e nordeste do Brasil. Apesar de alguns dizerem que sua origem é no Maranhão, há quem comprove que sua origem é de Belém do Pará. Com uma massa delicada e puxadinha no sal, a base do biscoito Monteiro Lopes vem agradando o paladar do brasileiro, desde o século XIX.
        Sua massa muito parece com a da empada, a qual os franceses chamam de brisé, é a base deste biscoito tão apreciado nas festas das crianças em Belém do Pará, no norte do Brasil.
        Conta a história que este biscoito é uma homenagem à família que criou a receita. Segundo Lima Josué, professor de História e Ciência da Religião, entre 1850 e 1890, em Santa Maria de Belém do Grão Pará, existiam duas padarias: uma na Oriental do Mercado Ver o Peso e a outra na Ocidental do mesmo mercado (antiga Cidade Velha, bairro de Belém do Pará). Uma era proprietária de Manuel Monteiro, um mulato e a outra de Antônio Lopes, um português. Eram concorrentes e, por tradição, cada um produzia um biscoito de cores e paladares diferentes. Os filhos de ambos, após a morte dos pais, se casaram e deixaram de ser concorrentes, juntando cores e sabores num só biscoito, nascendo assim o biscoito Monteiro Lopes.

Ingredientes

300 g de farinha de trigo
250 g de manteiga
250 g de açúcar
5 colheres de sopa de chocolate ou cacau em pó
1 ½  xícara de água
Açúcar granulado fino para envolver

Fazendo

Unte uma assadeira com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. 
Em uma tigela, junte a farinha de trigo e a manteiga; amasse bem até obter uma mistura homogênea.
Com a massa, faça cordões com cerca de 5 cm de comprimento e 1,5 de diâmetro, coloque na assadeira, leve ao forno e asse por cerca de 40 minutos ou até ficarem dourados. Tire do forno e deixe esfriar.
Em uma panela, coloque açúcar, chocolate ou cacau e a água. Leve ao fogo alto, mexendo sempre com uma colher de pau, deixe a calda ficar em ponto de fio. Mergulhe os biscoitos na calda, envolvendo-os bem, tire da calda, passe no açúcar granulado e deixe esfriar. Sirva em seguida.

Petiscos de Boteco

Elídio Raimondi em seu famoso bar - um dos redutos gastronômicos da boemia paulistana
Foto de Mário Rodrigues
Pois é, dizem que o botequim é uma instituição. Não aquele botequim, “pé-sujo”, repleto de desocupados e cachaceiros; falo dos botequins onde você pode entrar com sua família e almoçar tranquilo, pois sabe que a comida tem bom preço e é de boa qualidade. Mas fazer com que um boteco perdure por muito tempo, não basta que ele seja sustentado pela turma da cerveja ou da pinga, tem que ter algo mais que justifique sua fama e sua consolidação no comércio. O que pode ser determinante para isso, é sua competência na cozinha; é claro que o bom atendimento será sempre o fator preponderante do retorno do cliente, mas a cozinha amigos, esta sim dará a fama necessária a sua longa existência.
Porém, existem determinados detalhes gastronômicos, que apesar de não serem os pratos principais, fazem um diferencial no cardápio do dito estabelecimento. São os petiscos. Uma variedade quase infinita que cada boteco tem, com especialidades próprias, receitas “secretas”, petiscos tradicionais e até exóticos, como cabeça de peixe à doré, que encontrei em um boteco no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte ainda podemos encontrar botecos antigos que mantêm em seus cardápios, petiscos tradicionais, expostos em vidros de conserva, sobre o balcão de mármore, tais como: cebolinhas, picles, pepininhos, batatinhas, alho no azeite, tremoços, jiló, azeitonas preta e verde, ovos de codorna em conserva, salsichas, etc.
Poderíamos fazer uma lista enorme de petiscos e certamente teríamos que atualizá-la tão logo a publicássemos; por isso, nem me atrevo a continuá-la. Mas independente das inúmeras opções de escolha, o que sempre me chamou a atenção, foi que por vezes, a opção do petisco era mais forte do que prato principal, deixando de ser a “entrada” para se tornar o prato principal. Chouriços no pão, bifes de fígado com jiló e cebolas – tudo bem fritinho em frigideira de ferro fundido; manjubinha frita, sardinha à doré, mexilhões ao vinagrete, caranguejo, casquinha de siri, bolinhos de bacalhau, carne-seca desfiada com anéis de cebola, e tantas outras coisas, que estou escrevendo com água na boca, só de pensar.
Enfim; não sei se a “instituição boteco” se perpetuará diante da modernização do comércio, onde os shoppings tomam conta do comércio das cidades e os bares e restaurantes, a cada dia que passa, modernizam suas instalações, oferecendo outras opções gastronômicas aos fregueses, bem diferentes das encontradas nestes tradicionais lugares. Provavelmente permanecerão as receitas, pois estas sim são instituições gastronômicas que se perpetuam na memória e no paladar do povo brasileiro.

Cento e cinquenta mil visitas

 
    Cento e cinquenta mil visitas. Nunca imaginei que um dia eu teria um lugar, onde tantas pessoas passariam para conhecer um pouco do que sei ou penso que sei, a respeito de um determinado assunto. Tampouco imaginei que o assunto seria “culinária”, e que me trouxesse tantos amigos.
    Faço um retrospecto de memória, buscando a origem deste conhecimento. De certo foi vendo minha avó cozinhando (mas ainda sem um olhar de aprendiz) e na sequência vendo minha mãe, talvez a principal responsável por ter entrado nesse universo. Pois na minha época de adolescente, tinha uma regra interessante, ditada por ela lá em casa: O almoço aqui é servido de meio-dia às duas. Depois deste horário é cada um por si! E a cozinha tem que ficar limpa do jeito que você encontrar! Esta regra ou “lei” era necessária, porque morando perto da praia, nem sempre os horários do almoço lá de casa coincidiam com meus interesses à beira-mar. Mesmo sendo eu, filho único, não tive regalias que outros amigos tiveram. Daí, quando eu chegava ou tinha que esquentar o que fosse preciso ou mesmo fazer alguma coisa mais simples; e fui tomando gosto pela coisa.
    Fui passando do ato do simples “esquentar” para me arriscar a fazer pratos mais elaborados – no meu entendimento na época. Espaguete com sardinha foi talvez, o primeiro da lista. Depois vieram as pizzas, o arroz com mariscos (feito geralmente, no bar do Manolo, situado na rua Correa Dutra, no bairro do Flamengo e que hoje não mais existe); peixes fritos também faziam parte do cardápio, juntamente com a evolução do espaguete, que passou a ser feito com camarões e pedacinhos de muçarela. Fazia por gosto e pela vontade de ver os amigos ficarem satisfeitos.
   A TV também exerceu sobre mim certa influência, pois vi minha mãe assistindo aos programas da Ofélia e de outras cozinheiras pioneiras da telinha. Olhava, me entusiasmava e pedia que ela fizesse aquela receita (que por sinal já estava sendo copiada em caderno de receitas e que guardo até hoje).
    Outra pessoa que não esqueço e que merece sempre ser lembrada é Flora. Casada na época com um grande amigo, Ismael Barbosa. Baiana de mão-cheia, Flora nos brindava com suas fantásticas receitas. Bobó de camarão, camarão na moranga, vatapá, peixe frito, assado, ensopado; enfim, uma variedade de pratos que eu acompanhava a execução, numa espécie de aula particular sobre culinária baiana.
   A vida me levou a caminhos profissionais bem diferentes do que sempre considerei um hobby. Só que agora, com a vantagem que a internet proporciona, em termos de visibilidade, outras pessoas passaram a conhecer um pouco mais do que gosto de fazer, dos pratos que gosto de saborear e das receitas que valido por suas excelências incontestáveis. Que fique bem claro, entretanto, que não sou um chef, no sentido que hoje em dia virou moda dizer, sou um aprendiz de cozinheiro, que gosta muito de cozinhar e de fazer amigos na mesma proporção.
    O blog Cozinhando com Amigos, surgiu de maneira despretensiosa, apenas como um lugar onde eu pudesse deixar registradas minhas receitas e publicar as receitas de amigos. Que fosse uma espécie de revista, onde pudéssemos conhecer um pouco mais além dos textos das receitas.
    Recebo visitas no blog, de pessoas do mundo inteiro, desconhecidos em sua grande maioria; outros apesar de não conhecê-los pessoalmente tornaram-se amigos, pela troca de receitas, experiências ou simplesmente por bate-papo mais informal a respeito de outros assuntos diferentes do universo gastronômico.
    Cento e cinquenta mil visitas. Agora um pouco mais. Agradeço a todos que por aqui passaram, aos que se tornaram seguidores e aos amigos que conquistei e que venho conquistando. A responsabilidade aumenta a cada dia “só” por conta disso; e quero continuar sendo merecedor da confiança e do carinho de todos vocês, desejando a todos....Bom apetite!

Tuesday, August 7, 2012

A Arte e a Gastronomia - LIII - Still Life - Coletânea

By Michael Leonard

By Ortega Lopez

By Carol Arnold 

By Carol Arnold

By Chris Krupinski

Walking to...


Efó - Um prato preparado por Gabriela e D. Flor

 

Há algum tempo, eu assisti a um programa na TV, onde o jornalista e escritor Zuenir Ventura, falava a respeito da miscigenação no Brasil. Muito interessante o exemplo que ele deu, ao ilustrar sua idéia com o exemplo de como somos na hora de comer. Reflexos da globalização? Não sei, mas me parece mais, falta de educação no trato alimentar. Mas percebe-se que houve uma mudança na mesa de algumas regiões, sem sombra de dúvida.
A chegada dos restaurantes self-service colaboraram para que isso acontecesse. A diversidade de pratos estava ali, na frente do freguês, e como se come primeiro com os olhos, as pessoas vão colocando no prato, tudo aquilo que mais lhes chamam a atenção. Já vi baiano comendo salmão com acarajé, já vi carioca comendo sushi com arroz e feijão; já vi paulista comendo macarrão com quibe... e por aí vai. Parece até a instituição da “culinária sem fronteiras” no prato de cada um.
Não, não tenho a pretensão de dizer que isso está certo ou está errado. Por que sei que é o modismo quem dita as regras dos costumes da sociedade e se querem fazer desse modo que seja. O que considero que não devemos perder é nossa identidade cultural, pois temos alguns pratos regionais que não são do agrado do momento. Podemos ou devemos resgatar algumas receitas tradicionais que se não fazem mais sucesso, já tiveram seus momentos de importância no nosso cotidiano e mesmo na literatura brasileira.
Jorge Amado é talvez, nosso principal divulgador da culinária regional, pois através das receitas de D. Flor e de Gabriela, seus leitores tomaram conhecimento das maravilhas da comida baiana.
Por conta disso, fui buscar a receita de um prato que sempre me chamou a atenção pela sua excentricidade e naturalmente pelo seu sabor diferenciado e de extrema qualidade – o Efó.
Na cultura africana, o efó é um prato oferecido a Nanã – divindade das águas que representa a memória ancestral de nosso povo – sendo a mãe de todos os outros orixás.
Como disse alguém: Comer este prato é como beijar ou andar de bicicleta, quando a gente experimenta, nunca mais esquece (...).
Então vamos, conhecer este prato que D. Flor e Gabriela encantaram seus respectivos amados e a todos nós.

Ingredientes

2 xícaras de água
1 1/3 xícara de amendoim torrado e moído
1 xícara de castanha de caju torrada e moída
¾ de leite de coco
1/3 de xícara de azeite-de-dendê
¼ de azeite extra virgem
2 colheres de sopa de salsa picada
2 colheres de chá de gengibre ralado
250 g de camarão seco e descascado
2 maços de taioba em tiras
3 dentes de alho espremidos
2 cebolas grandes picadas
Sal a gosto

Fazendo

Bata no liquidificador o camarão, a cebola, o alho, o gengibre, a salsa, as castanha, o amendoim e o sal. Reserve.
Leve a taioba ao fogo médio, em uma panela (de preferência de barro) com água e deixe ferver bem por cerca de 30 minutos.
Adicione os temperos moídos, o leite de coco e os azeites. Misture e cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando por cerca de 1 hora, até ficar com uma consistência bem pastosa.

Atenção: A taioba recebe uma série de nomes diferentes, dependendo da região: erva-de-deus, bredo, língua-de-vaca, major-gomes, maria-gorda, e maria-gomes. Se você não encontrar essa verdura, use espinafre.