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| Foto: http://nettocaricaturista.blogspot.com/ |
Que o Brasil possui uma diversidade cultural, isto ninguém duvida. Também é fato que a miscigenação ocorre de forma natural, sem quaisquer preocupações de ordem sociológicas, antropológicas ou outra lógica qualquer que seja. Basta ver os pratos feitos pelas pessoas, nos restaurantes self-service ou nos buffets, espalhados pela cidade. É uma festa! Sushi com feijão e arroz, macarrão com muqueca, macarrão com arroz e farofinha de banana, e outras excentricidades que a "baixa gastronomia" se encarrega de inventar a cada dia.
No Rio de Janeiro, temos um prato muito famoso entre aqueles que já passaram dos 50 anos e que nas madrugadas dos anos 70, se socorriam em uma carrocinha, lá na Praça XV. Era o Angu do Gomes que preenchia o vazio deixado pelos embalos de sábado à noite. Não raro, saíamos da zona sul e íamos até o centro da cidade, comer este suculento prato - com pimenta ou sem pimenta - desafiando qualquer orientação nutricional para aquela hora.
O Angu do Gomes, já foi tema de vários autores blogueiros e de outros tantos admiradores deste empreendimento de sucesso, que começou de forma simples em uma pequena carrocinha de duas rodas e hoje está instalado em um pequeno boteco no Largo da Prainha, nº 17, na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro. recomendo o livro de Juliana Dias e Carolina Amorin - Angu do Gomes, disponível em e-book. Clique no título e conheça mais dessa história.
Quando falamos do prato "angu do gomes", na realidade estamos falando de uma combinação de dois pratos regionais: o angu, feito com fubá (farinha de milho) e o sarapatel, feito com miúdos de porco. E é essa combinação regional que atravessa décadas no histórico da gastronomia carioca.
Fazer um bom angu de fubá de milho, leve, com a cremosidade de um mingau e adicionar sobre ele, os miúdos de porco com caldo. A pimenta fica por conta do freguês.
As receitas!? Vamos colocar em destaque em outro post. Aguardem!
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