O assunto é repetido, mas
vale a pena ler de novo. Interessante que sempre que conversamos a respeito deste
tema, mais eu tenho certeza de que pouco se faz para que ele não se repita.
Qual assunto? Qualificação dos profissionais no setor de alimentação.
Cena do cotidiano
Hoje fui ao shopping, aqui
em Brasília, almoçar em um restaurante franqueado de uma rede bem conhecida em
São Paulo. Comida de boa qualidade com atendimento self-service. Boa variedade
de pratos, saladas frescas e bem apresentadas; enfim, vale o preço pago. Pois
bem. O que se espera (e eu já conheço a casa) é que o atendimento seja igual a
qualidade do cardápio.
Peguei meu prato e fui me
servir. Primeiro um pouco de salada. Opa! Olhem só! Uma bela moqueca...huuuummmm...e
na etiqueta diz que é moqueca baiana.
Antes de me servir, porém,
perguntei a bela funcionária que estava ali em pé diante das travessas e
panelas, impecavelmente vestida, maquiada e de cabelinho preso em um coque
milimetricamente arrumado.
- Que peixe é este da
moqueca?
Ela
me olhou com um sorrisinho e respondeu em tom professoral: - Moqueca baiana,
senhor!
- Eu sei moça. Até aí eu
já percebi, mas me parece que você não sabe que peixe é este.
- É claro que sim, senhor. O peixe é mo-que-ca!
A sorte dela é que venho
trabalhando minha paciência, buscando compreender o jeito de ser das pessoas.
Então, pedi-lhe gentilmente que fosse perguntar ao cozinheiro o nome do peixe.
Ela virou-se e foi até a cozinha.
Fiquei ali, em pé, com
meio prato servido de salada e arroz, aguardando a prestimosa funcionária.
Quando voltou, percebi de
novo seu sorrisinho professoral. “Lá vem”! Imaginei eu, antevendo a resposta; e
fui logo me antecipando.
- E aí? Já descobriu o
nome do peixe?
A resposta não poderia ser
melhor.
- Moqueca dourada, senhor!
Segurei
a vontade de rir. Poderia parecer a ela que eu estaria rindo dela.
Mas estaria mesmo, ué!? Agradeci a presteza no atendimento a minha dúvida, me servi de duas postas de “moqueca dourada” e fui procurar uma mesa para almoçar.
Mas estaria mesmo, ué!? Agradeci a presteza no atendimento a minha dúvida, me servi de duas postas de “moqueca dourada” e fui procurar uma mesa para almoçar.
Fiquei pensando no tamanho
da responsabilidade do empresário em treinar seus funcionários e dar a eles
mais qualidade profissional. Afinal, nem todos tem a obrigação de saber tudo
sobre alimentação; principalmente os atendentes de balcão. É preciso que sejam
treinados e que tenham um conhecimento pleno do que o restaurante oferece.
Assunto velho e requentado,
mas infelizmente, ainda atual.
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