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Monday, April 2, 2012

Recebendo amigos...

 

   Como é bom poder receber amigos em nossa casa, nos finais de semana. Nestes dias temos mais tempo, diminuímos a velocidade de nosso dia a dia (pelo menos deveríamos, não é mesmo!?). É hora de lazer. A não ser que você tenha filhos pequenos, filhas com namorados a tira-colo, programação de levar e buscar no shopping, fazer compras no supermercado, levar o carro no mecânico, ir à igreja, culto, templo....Socoooooorro!
    Decididamente, fim de semana, deveria ser obrigatório o repouso. Os relógios deveriam trabalhar em um ritmo mais lento, e nós deveríamos acompanhá-los, deixando de lado o frenesi que a rotina do mundo urbano nos impõe.
    Tenho um amigo que diz, que quando a gente nasce, demora um pouquinho e nos colocam em uma escolinha/creche; em seguida começamos a brincar e com o intuito de nos socializar, nos encaminham para um jardim da infância. Lá ficamos e naturalmente vão nos ensinando coisas, de tal forma que em breve estamos sendo alfabetizados. Meu Deus, começa aí, nossa peregrinação intelectual e obrigatória. Vamos para o ensino fundamental (que na minha época, se chamava primário), e ficamos nesse ensino crescente, por longos 9 anos; quando então passamos para o ensino médio (que chamávamos de científico). Entramos em uma faculdade sem a certeza de que era aquilo mesmo que gostaríamos de ser ou de fazer. Seguindo em frente...a sociedade moderna, nos induz a continuação de nossa graduação, com a especialização de nossos conhecimentos, nos tornando alunos de um mestrado, o que não para por aí, pois se assim nos tornamos mestres, é necessário que o título de doutor nos seja dado tão logo concluamos nosso....doutorado! Pronto. E agora, estamos aptos a fazer nosso pós-doutorado!!!! Vida que segue.
   O pior de toda essa via crucis, é que quando a coisa está ficando boa, está na hora de ir embora, já vivemos mais de 60 anos entre estudos, aprendizados e trabalho; e quando passamos a ter tempo para usufruir daquilo que conquistamos, o físico já não acompanha direito. Alguns até, se vão antes mesmo de poder usufruir de alguma coisa. Mas assim é vida.
   Por isso, aproveitem bem o fim de semana. Reúna amigos e parentes, faça deste breve momento semanal, um momento de confraternização e fortalecimento de amizades. Que a gente possa aprender a viver no meio urbano, sem nos tornarmos um "sozinho na multidão".

 

 

 

 

  

 

Tuesday, March 20, 2012

Comida para a alma

 

     Uma nova tendência na alimentação vem reunindo cada vez mais, novos adeptos. Um contraponto ao modismo (urbano, sejamos justos) do fast food, essa nova maneira de preparar os alimentos é um resgate ao que chamam de “cozinha emocional”; ou seja, a memória daquilo que nos deu prazer na infância; de situações agradáveis que nos trazem à lembrança, momentos inesquecíveis; aromas que tocam nossa memória afetiva; enfim, aquilo que nos dá conforto e nos faz sentir bem.
Deparei-me com um artigo bem interessante, que li na revista Casa e Comida, deste mês, que trata desse assunto. Com texto de Marília Scalzo, temos uma boa oportunidade de ler e refletir sobre o que comemos, como comemos, em que circunstância comemos determinados pratos, e de como nos sentimos ao saboreá-los.
O texto inicia citando Marcel Proust, que em uma de suas publicações – No Caminho de Swann – narra que o escritor francês põe na boca um pedaço de bolo doce, chamado madeleine, amolecido em infusão de tília. O gosto das duas coisas misturadas desperta sua memória e leva-o de volta ao passado, à sua infância na cidade de Combray.
Porém, ao comer um alimento que nos lembre da infância, podemos até sentir a paz e tranquilidade de que precisamos, mas também pode trazer sérios prejuízos à dieta, caso seja consumido rotineiramente (obesidade abdominal o que pode levar a doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares), pois nem sempre são alimentos saudáveis, depende do passado e da memória gustativa de cada um. Docinhos, salgadinhos, bolachas e outras guloseimas podem ser confort food! Como também, a lasanha, a torta de morango ou mesmo a banana com aveia e mel.
"Os nossos estudos sugerem que se aplica o conforto alimentar como travões de um elemento-chave do estresse crônico", diz estudo de Norman Pecoraro, PhD, professor de fisiologia da Universidade de Califórnia. E isso poderia explicar, ele diz, porque muitas vezes é procurado alívio em tais alimentos por pessoas com stress, ansiedade ou depressão. Ele também poderia ajudar a explicar a bulimia e outros transtornos alimentares.
Neste aspecto a nutrição destaca-se por não proibir ou eliminar estes alimentos que de certa forma oferecem bem estar aos indivíduos, mas orientar quanto, como e quando devem ser ingeridos e até mesmo adequações que possam ser feitas, de maneira a torná-los talvez mais saudáveis. O consumo do confort food deve ser direcionado para alimentos mais funcionais e naturais, oferecendo assim bem-estar e melhor qualidade de vida, com todo o prazer contemplado. Importante lembrar que, atualmente, o aumento da incidência de doenças coronárias, pressão arterial, obesidade e outras, estão ligadas à má alimentação no dia a dia e não pelo esporádico e equilibrado de preparações e/ou alimentos tão importantes na vida de cada um.