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Friday, January 23, 2015

Baunilha - uma essência de fino sabor!

 

A baunilha (do castelhano vainilla, pequena vagem) é um dos aromatizantes mais populares do mundo. Entre as especiarias, ela se destaca pela riqueza, profundidade e persistência de seu sabor. Além disso, ela é antioxidante, tóxica para vários microrganismos e inibe danos ao DNA.
E é a segunda mais cara, depois do açafrão. Por isso, na verdade, a maior parte da essência de baunilha consumida atualmente é uma imitação sintética da especiaria original.
        A baunilha é extraída da vagem de uma orquídea do gênero Vanilla, nativa do México. Originalmente cultivada pelos povos mesoamericanos pré-colombianos, presume-se ter sido levada para a Europa juntamente com o cacau na década de 1520, pelo conquistador espanhol Hernan Cortés. Sendo, os espanhóis, os primeiros a provarem a baunilha na Europa.
Tentativas de cultivo da planta da baunilha fora do México e América Central, mostraram-se infrutíferas devido à relação simbiótica entre a trepadeira tlilxochitl e a espécie local de Melipona; apenas em 1837 o botânico belga Charles Morren descobriu esta relação e desenvolveu um método para polinizar artificialmente a planta, o qual se revelou economicamente inviável, não tendo sido aplicado comercialmente. Em 1841, um escravo ao serviço de franceses com 12 anos de idade, de nome Edmond Albius, que vivia na ilha Bourbon, descobriu que a planta podia ser polinizada a mão, o que viria a permitir o cultivo global da planta.
Os franceses, por sua vez, levaram a orquídea para as ilahs situadas ao largo do litoral sudeste da África e que hoje são responsáveis por boa parte da produção mundial: Madagáscar, Reunião e Comores, que coletivamente produzem a baunilha Bourbon.
As diversas regiões de cultivo de baunilha produzem vagens de sabores bastante diferenets. A baunilha Bourbon de Madagáscar e das ilhas vizinhas é geralmente considerada a melhor, dotada do sabor mais rico e equilibrado. As vagens da Indonésia parecem mais leves, com menos vanilina e, às vezes, mais notas defumadas. As mexicanas contém cerca da metade da vanilina das bourbons e tem aroma nitidamente frutado e vinhoso. A rara baunilha do Taiti – de outra espécie, V. Tahitensis – também tem muito menos vanilina que a Bourbon, mas desprende exclusivas notas florais e perfumadas.
No Brasil, já existem plantadores no sul da Bahia, que plantam e comercializam a baunilha. A cultivar mais plantada comercialmente é a Vanilla planifólia –as mesmas que se plantam no México - tendo seu preço, estimado em torno de US$250,00 o quilo.
A baunilha é usada, principalmente, em alimentos doces. Cerca de metade da essência de baunilha consumida nos EUA vai para a fabricação de sorvete, e boa parte dor esto, para refrigerantes e chocolates. Porém, essa especiaria também funciona em pratos salgados: lagosta e carne de porco são exemplos conhecidos. Em quantidade moderada, a baunilha pode acrescentar profundidade, calor, equilíbrio e persistência de sabor a praticamente qualquer alimento. 
O sabor da baunilha reside em duas de suas parets: o material pegajoso e resinoso em que se inserem as minúsculas sementes e a parede fibrosa da vagem. O primeiro é facilmente removido da vagem por raspagem e se dispersa imediatamente no preparo ao qual é acrescentado, mas a segunda deve ser mergulhada por certo tempo no preparado para que seu sabor seja extraído. Uma vez que os voláteis em geral são mais solúveis em lipídios que em água, o cozinheiro extairá mais sabor se o líquido de extração contiver um pouco maisd e álcool ou gordura. A essência de baunilha se dispersa instantaneamente pelo prato e em regra é acrescentada perto do final da cocção: a alta temperatura, mesmo que em breve tempo, causará perda de aroma.

Photo of the day - Foto do dia

Phot by Hannah Wilton - Sun dried chillies

Friday, October 31, 2014

Sabores e Temperos

 

    O Brasil possui dimensões continentais, e por isso mesmo a diversidade cultural de nossa população se expressa de várias maneiras. Sejam nas manifestações artísticas, musicais, linguísticas, e na que mais nos toca no dia-a-dia, que é a culinária.
    Cada região possui um ou mais pratos típicos, frutos desta diversidade cultural, base de nossa raiz; influenciada pelas culturas indígenas, africanas e européias que aqui se estabeleceram desde a data do descobrimento do Brasil.
   Para cada receita, porém, sempre foi fundamental o uso de temperos; utilizando-se ervas e especiarias. E é sobre algumas delas que trataremos nesta matéria.

      História

     Originalmente elas eram empregadas em preparo de medicamentos e para disfarçar o gosto azedo dos alimentos estragados. Já foram moedas de troca e também símbolo de riqueza. Atualmente, enriquecem a alimentação, conferindo sabor e aroma aos pratos e sofisticam a gastronomia. Na cozinha não podemos nos limitar ao alho e a cebola na hora de temperar nossas receitas, podemos ousar e incrementar nossas receitas com ervas e especiarias, seja a mais simples ou a mais sofisticada.
 

 Dicas importantes para comprar e armazenar seus temperos naturais

1. Jamais devemos comprar grandes quantidades, pois, com o tempo ele perde o sabor e o aroma.

2. O ideal é dar preferência as especiarias moídas na hora, em moedor ou pilão; e as ervas frescas, pois eles soltam o aroma durante o cozimento.

3. Quando não conhecemos o tempero devemos adicioná-lo com cuidado, não devemos misturá-lo a outros temperos.

4. Uma boa idéia para quem prefere temperos inteiros, como grãos e pau de canela, é colocá-lo em uma trouxinha de gaze, retirando-a no final do preparo.

5. A umidade e o grande vilão das especiarias e de algumas ervas. Assim, devemos mantê-las em vidros bem tampados, e as ervas lavadas e secas também, fechadas em potes, ambas longe do calor e do excesso de luz.

Saiba como usar alguns tipos de temperos


Açafrão – Um dos condimentos mais caros do mundo é muito potente e essencial na paella espanhola, na bouillabaisse francesa, no risoto alla milanese e em pratos marroquinos. É encontrado também em pó.

Açafrão-da-terra – De sabor ligeiramente picante, existe varias versões em pó e raiz fresca. No nordeste, entra no preparo de arroz, peixadas e pirão.

Alecrim – Fica muito bom em assados. Casa bem com carne vermelha, frango ou peixe. Dá um toque especial a batatas.

Anis-estrelado – De sabor forte e aroma doce, vai bem com peixes, frutos do mar, frango, pães, biscoito e doces.

Canela – Quanto mais fina é a casca, melhor é o seu sabor. Aparece na culinária mundial em receitas doces (arroz-doce, bolos, bebidas e chocolate) e salgadas (carnes e ensopados), em pau ou moída.

Cardamomo – A essência aromática está nas sementes dentro das cápsulas. Serve para aromatizar doces, salgados e algumas bebidas, como chás.

Cominho – De aroma acentuado e sabor fresco, esse condimento é muito comum na cozinha árabe, no Extremo Oriente e na América Latina. Combina bem com outros temperos.

Cravo-da-Índia – De sabor intenso e ligeiramente picante, o cravo pode incrementar o sabor de doces, assados e bebidas em geral.

Coentro – Mais conhecida como tempero de peixe, essa erva também fica bem no feijão e como acompanhamento de saladas de folhas. Só tome cuidado para não exagerar, com sabor acentuado, o coentro pode acabar roubando a cena do almoço ou jantar.

Curry – O caril ou curry é uma mistura de especiarias. Este condimento é feito à base de pó amarelo de açafrão-da-índia, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela. Existem caris que chegam a levar setenta plantas diferentes. Inicialmente o caril servia para temperar exclusivamente o arroz, mas atualmente é usado para confecção de inúmeras receitas, como o frango ao curry. Esse condimento é muito utilizado na culinária de países como Índia, Tailândia e alguns outros países asiáticos.

Erva-doce – De aroma adocicada, as sementes entram no preparo de infusões, peixes, legumes, bolos e biscoitos.

Gengibre – É uma raiz rica em propriedades terapêuticas, muito utilizada como condimento e remédio caseiro pelo menos por 5000 anos, originário da Ásia. O emprego do gengibre na culinária proporciona verdadeiras surpresas. Podemos utilizá-lo seco, na forma de pó que deixa muito a desejar em sabor e aroma; o fresco é mais aromático. Possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados (assados, ensopados,costelas), quanto nos doces e sob diversas formas.

Hortelã – Tem um dos sabores mais populares do mundo, é o mesmo tempo refrescante e ardida, com fragrância adocicada. Nativa do sul da Europa e mediterrâneo, facilmente se adaptou ao Brasil. Na culinária ocidental é usada para dar sabor a berinjelas, abobrinhas, ervilhas, batatas e tomates. Vai muito bem também com carne de frango, porco e vitela. Na culinária árabe a hortelã é essencial para o tabule, e perfeito para acompanhar o quibe.

Lemon Pepper – Um ingrediente a base de casca de limão siciliano e pimenta-do-reino; podendo conter grãos de alho desidratado, cebola e cúrcuma. Muito bom para realçar o sabor de carnes de porco, peixes e aves.

Louro – Embora seja muito usado no Brasil como tempero aromático do feijão também pode ser adicionado ao preparo do arroz. O efeito, incrível, é um dos grandes segredos de restaurantes consagrados. Basta colocar uma folha lavada na água borbulhando enquanto o arroz cozinha.

Manjericão - Estrela da culinária italiana, enriquece qualquer molho de tomate. Amassado com azeite e nozes picadas vira um delicioso pesto para acompanhar massas e pães.

Mostarda - Os grãos servem para realçar o gosto de conservas, batatas cozidas e receitas de carne de porco. Já a mostarda em pó é ótima opção para caldos, sopas e molhos.

Noz-moscada - Essa semente perfuma receitas à base de leite e creme de leite, como purês e molhos brancos, com vegetais como cebola, couve-flor, espinafre e batatas, além de bolos.

Orégano - Indispensável nas pizzas, vai muito bem em ensopados de carne, de frango ou de legumes variados.

Pimenta-rosa - Suave e decorativa, pode ser usada para acompanhar uma salada verde ou para dar um toque levemente picante ao vinagrete.

Páprica - De sabor picante ou doce, esse condimento deriva de um tipo de pimentão de cor vermelha-escura. É bom em molhos e ensopados de carne ou frango.

Pimenta calabresa seca - Essa variedade seca e flocada é excelente para dar sabor bem picante a molhos e temperar carnes. Deve ser usada em pequenas quantidades, com muito atenção.

Pimenta-do-reino - Nas versões preta (colhida verde, com a polpa, que depois escurece) e branca (colhida madura, sem a polpa), é encontarda em grãos ou já moída. Tempera molhos, carnes, saladas, maionese e uma infinidade de pratos.

Pimenta-da-Jamaica - Como o nome sugere, é nativa da América Central e a principal produção vem da Jamaica. É também conhecida como allspice, sabor ligeiramente picante. Inteira ou moída, vai muito bem em marinadas, picles e receitas de bolo com mel.

Salsa - Natural da Europa, a salsa (conhecida também por salsinha, salsa-de-cheiro ou salsa-hortense) foi trazida para o Brasil no início da colonização. É comercializada fresca (em maços) ou seca (desidratada em saquinhos) que é menos aromática. Combina com batata, legumes, sopas, ensopados, saladas, carnes, frango e peixes de água doce.

Sálvia - Perfeita para temperar aves. Você pode colocar algumas folhinhas na hora de cozinhar o arroz para deixá-lo com um gostinho especial. Muito usada na culinária italiana, faz uma dupla perfeita com a manteiga para acompanhar um belo prato de macarrão.

Tomilho - Na porção européia que beira o Mar Mediterrâneo, surgiu esta erva. Versátil, aromatiza carnes e guisados, alimentos cozidos no vinho, patês, molhos e pães. Vai bem em peixes e frango, tempera queijos, compõe molhos, dá sabor especial a caldos, sopas e marinados é excelente tempero para carnes. Deve ser usado com cuidado e moderação, pois tem sabor acentuado e pode roubar o sabor no qual sempre entra como um coadjuvante.

 
O segredo que diferencia os vários estilos de culinária é novamente o bom uso das ervas e dos condimentos:

1) Comida Italiana – São usados o manjericão, o orégano, a salsa, o alecrim, a noz-moscada, a pimenta calabresa, e a sálvia.

2) Comida Indiana – É temperada com pimenta vermelha, coentro, noz-moscada, canela, gengibre, erva-doce, cravo-da-índia.

3) Comida Espanhola – Os mais usados são o açafrão, a páprica, a salsa e o cominho.

4) Comida Francesa – Os condimentos utilizados são, a salsa, o alecrim, o noz-moscada, tomilho e o açafrão.

5) Comida húngara – É famosa por fazer muito uso da páprica, do cominho e da pimenta branca.

6) Comida mexicana – Usa pimenta malagueta, o orégano, o cominho, a canela e o coentro.

7) Comida grega – Usa muito hortelã e canela.

Estes são alguns tipos de temperos mais conhecidos em nossa culinária. Existem outros, é claro, mas o recomendamos sempre, é que você procure usá-los o mais frescos possíveis e de preferência que sejam orgânicos (livres de agrotóxico).

Então, bom tempero, boas receitas e bom apetite!

Tuesday, September 16, 2014

Gremolata - um tempero italiano


Gremolata é um tempero italiano, feito da combinação de raspas de limão siciliano, alho, salsa e azeite. Tradicionalmente um complemento para Osso Bucco (prato típico italiano) e sendo muito bom como finalização sobre grelhados ou assados de cordeiro, costeletas de porco, carne bovina e até mesmo batatas assadas.
Consuma a gremolata o mais fresca possível; porém, você poderá fazê-lo e deixar em repouso por uma hora ou um pouco mais, antes de servir, para que os sabores se fundam.
Uma receita prática e rápida que leva no máximo, 5 minutos para fazer.
E se você quiser, use-a como pastinha para torradinhas, massas ou sopas.

Ingredientes

3 limões sicilianos
20 folhas de salsinha
3 dentes de alho
1 pitada de sal
4 colheres de sopa de azeite extra virgem

Fazendo

Raspe as cascas dos limões, sem deixar chegar na parte branca, pois é ela que dá o amargor. Reserve.
Lave e seque bem a salsinha e descasque os dentes de alho. Feito isto, pique os ingredientes bem fino.
Numa tigela, junte os ingredientes e misture bem. Use imediatamente conforme eu disse no texto acima.
Para conservar a gremolata por mais tempo, transfira para um pote hermético, cubra com azeite e guarde na geladeira por até uma semana.

Bom tempero e bom apetite!

Sunday, August 17, 2014

Chutney de cebola roxa


Tem tempo que venho querendo publicar esta receita, mas sempre aparecia outra que eu julgava que estava na frente. Por vários motivos. Era alguém que fazia uma pergunta a rspeito de determinado prato ou porque eu queria manter a linha de publicações voltadas para um determinado tema. Mas chegou a vez de falarmos da receita de chutney de cebolas roxas.
        Usar este chutney é um espetáculo.
A primeira vez que comi tal iguaria, foi nos anos 80, na casa de uma amiga, cujo pai era austríaco e gostava de comê-lo acompanhando uma boa bisteca de porco.
        A grande vantagem do chutney (para quem gosta de misturar sabores doces e salgados) é que você pode usá-lo em mais um tipo de carne; preferencialmente as brancas, tais como aves (frango, pato, peru, codorna, etc.), carne de porco ou javali.


        Uma geléia considerada por uns, exótica; mas de sabor requintado, o chutney de cebolas roxas dará um toque gourmet a sua receita, podendo também ser degustada com um bom queijo brie, gruyére ou mesmo o cream cheese com pão.

Ingredientes

8 cebolas roxas (médias) fatiada o mais fino possível
1 pimenta dedo-de-moça bem picadinha e sem sementes
150 ml de vinagre balsâmico
150 ml de vinho branco seco
200 g de açúcar mascavo
1 pitada de sal
Azeite extra virgem


Fazendo

Em uma frigideira de borda alta, aqueça um pouco de azeite e frite as cebolas e a pimenta, até que fiquem douradas e bem macias.
Junte o vinagre e o açúcar e deixe ferver.
Abaixe o fogo e deixe apurando por 1 hora ou até que as cebolas fiquem translúcidas e o líquido seque. Mas cuidado para que o líquido não seque muito rápido, pois pode queimar.
Ponha o chutney ainda quente em um pote para conservas, previamente esterelizado e tampe-o. Guarde-o em um lugar escuro e fresco ou na geladeira por umas 4 semanas para maturar.
A validade do produto, depois de aberto, dura em torno de 6 meses. Considerando-se que o mesmo deve ser guardado em geladeira depois de aberto.