Wednesday, October 24, 2012

Filé de truta com ervas finas e alcaparras


A primeira vez que comi truta, foi lá no Rio de Janeiro e por incrível que pareça no restaurante da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lá na ilha do Fundão. Fantástica, a truta é claro!
Desde aquele dia, este peixe exigente em seu habitat, que tem de ter águas bem limpas e bem frias, passou a fazer parte de minha dieta, mesmo que fosse uma vez por ano. Inesquecível seu sabor. E para mim, fez sucesso muito antes do salmão chegar às peixarias brasileiras.
Esta semana encontrei em uma peixaria, belos exemplares de trutas. Comprei logo cinco; e imaginei logo a receita, quando as vi, ali na vitrine da peixaria. Filé de truta com ervas finas e alcaparras.
A princípio pensei em fazê-las grelhadas na brasa, mas isso só seria possível se as fizesse na churrasqueira, e já que me daria mais trabalho fazer desta maneira, preferi fazê-las ao forno, que seria mais prático e não menos saboroso.
Vou passar a receita para duas pessoas; se precisar, multiplique pelo número de convidados.

Ingredientes
1 truta inteira sem escamas e sem vísceras (cerca de 300g)
1 colher de sopa de casquinhas de limão com ervas finas
1 colher de sopa rasa de alcaparras
1 limão siciliano
 1 ramo de alecrim
1 cebola média cortada em fatias finas
1 pitada de pimenta-do-reino (opcional)
Sal a gosto
Azeite a gosto

Fazendo
Corte a cabeça da truta e abra-a ao meio pela barriga. Retire a espinha inteira e deixe-a aberta no formato de um bacalhau.
Coloque uma porção generosa de azeite no fundo de uma forma refratária. Coloque a truta aberta. Tempere com o sal, as casquinhas de limão com ervas finas, as alcaparras e as rodelas de cebola. Regue com um fio de azeite e acrescente o raminho de alecrim. Cubra a travessa com papel alumínio e leve ao forno preaquecido a uma temperatura de 180ºC. Deixe assar por 20 minutos. Retire o papel alumínio e deixe gratinar por mais 5 minutos, ou até diminuir bem o caldo que se formou na travessa. Sirva imediatamente.

Bom apetite!

A gastronomia e a literatura - Câmara Cascudo


Meu pai deixou-me uma herança bibliográfica muito rica. Sua biblioteca era “habitada” por autores dos mais diversos estilos e das mais diversas nacionalidades. Um oceano no qual mergulhei durante minha juventude e pude conhecer como é rica a imaginação do homem e sua percepção do mundo.
Vários autores tornaram-se meus preferidos. Os brasileiros me agradavam mais, apesar de também gostar de alguns estrangeiros bons de prosa e de versos. Dentre os brasileiros, teve um que é uma referência para quem quiser conhecer o universo folclórico brasileiro. Luís da Câmara Cascudo, nascido na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte (terra de minha avó materna), em 30 de dezembro de 1898. Historiador, antropólogo, advogado e jornalista; passou toda a sua vida na cidade de Natal, dedicando-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Escolhi um dos contos garimpados por Câmara Cascudo, para que vocês possam conhecer um pouco de seu trabalho. Obviamente, que o assunto está relacionado ao universo culinário, mas com um conteúdo divertido e bem representativo. É um conto conhecido também em Portugal que faz parte do livro Contos Tradicionais do Povo Português; também conhecido na Espanha, em Cuentos Populares Españoles.
Divirtam-se!

A gulosa disfarçada

Um homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa.
No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou um sem-número de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o.  À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga.
Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou:
- Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou?
O marido respondeu:
- Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.
A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o seu apetite ao marido.

Leopoldino Viana de Melo
Macaíba, Rio Grande do Norte


Tuesday, October 23, 2012

Camarão com coco


Neste período de frio, dá vontade de só fazer pratos calóricos, bem quentinhos, não é? É muito difícil a gente pensar em uma saladinha de pepino com rúcula e rabanete e ficar satisfeito. Ainda mais com a temperatura baixa do jeito que está.
Independente de ser o prato principal ou não, tem uma receita bem interessante que pode ser feita tanto como entrada ou acompanhada de uma boa massa. Camarões com coco.
Essa receita também é encontrada em alguns botecos de cidades litorâneas aqui no Brasil. Então, mesmo que você não queira fazer, não deixe de saboreá-la. Será inesquecível.
Mas aqueles que preferirem fazer guardem a receita no seu caderno de receitas. Anotem.

Ingredientes

50 g de coco desidratado
25 g de pão ralado bem fino
1 colher de chá de mistura de especiarias*
Sal a gosto
Raspa de casca de laranja
1 clara de ovo
450 g de camarões (sem casca e sem cabeça)
Azeite extra virgem
Limão

Fazendo

Misture em um prato, o coco desidratado, o pão ralado, a mistura de especiarias, o sal e a raspa de casca de laranja.
Bata ligeiramente a clara de ovo em outro recipiente. Reserve.
Lave os camarões e seque-os em papel de cozinha. Passe-os na clara de ovo e em seguida na mistura de coco com pão ralado, para ficarem empanados.
Coloque uma quantidade generosa de azeite em uma frigideira pré-aquecida. Frite os camarões até que fiquem dourados e crocantes. Retire-os com uma escumadeira e escorra em papel de cozinha.
Sirva imediatamente com fatias de limão siciliano ou molho shoyu.


(noz moscada, canela, pimenta-do-reino e páprica doce)

Monday, October 22, 2012

Salmão gratinado


    Aqui está um prato que tem uma boa aceitação por parte da maioria de nossos leitores; à excessão, é claro, daqueles que não gostam de peixe - Salmão grelhado.
   Você pode saboreá-lo, com diversos acompanhamentos; até mesmo sem, pois sua carne de sabor marcante, torna-o o personagem principal de qualquer  refeição.
   Quando publiquei a foto em minha página, no Facebook, reclamaram, pois eu não havia publicado a receita. Achei que nem precisava, pois não há segredo. Um pouquinho de sal, um limão siciliano, um pouco de pimenta-do-reino (ou outra de sua preferência), e uma boa pincelada de manteiga são os ingredientes necessários, para temperar este filé, tão apreciado.
    Ao escolher o filé, procure comprar um que não seja fino. Estes são mais baratos, mas não atendem bem no vale uma boa apresentação. melhor pagar um pouco mais caro e comprar um filé largo (como o da foto). Você vai encontrá-lo pesando aproximadamente 1,8 kg. Um pouco mais, um pouco menos.
   Lave-o em água corrente. Enxúgue-o e reserve. Use sal grosso (triturado) para temperá-lo. Coloque pouco sal, para que não resseque. Acenda o braseiro e espere a chama baixar - só usaremos o calor da brasa para gratinar lentamente o filé. Unte a grelha com a manteiga (ou azeite)para que ele não grude e coloque o filé. Deixe assando por 10 minutos; depois vire o filé com cuidado. O ideal é você usar duas espátulas grandes e largas. Deixe assando por mais 10 minutos. Retire o filé com as espátulas e coloque-o sobre uma travessa. Unte-o com a manteiga. Tempere com a pimenta-do-reino e regue-o com o suco de limão siciliano. Sirva imediatamente.

   Bom apetite!

Wednesday, October 17, 2012

Pernil a D. Luiz


      Bom, promessa feita. Promessa cumprida. Então aqui está o que prometi. Pernil de porco com cebolas, temperado com casquinha de limão siciliano, ervas finas e molho de mostarda preta.
      Ah, tá bom! É uma bomba que você nem poderia em pensar comer, pois senão engordaria. Mas vou lhe dizer que este prato não engorda mais do que uma bomba de chocolate, que você come lá na confeitaria (e que seu professor da academia não nos ouça!). Sabe por que não engorda? Porque temos no pernil, uma carne magra, sem gordura e que não ficará seca por conta do molho de mostarda e do sumo que a própria carne solta quando assada em fogo baixo, lentamente, assando de dentro para fora, como deve ser um bom assado suíno.
Primeira providência; não compre a carne de suíno em qualquer lugar, compre no açougue de sua confiança onde você tenha garantia da procedência. Não precisa ser uma peça inteira, eu usei uma fatia de mais ou menos 800 g; limpei uma boa parte da gordura, cerca de 90%. Deixei só um pouquinho para dar um aroma e realçar o sabor enquanto estivesse assando.
O pernil poderá ser acompanhado por batatas, cenouras ou outro legume de sua preferência. Se quiser, use pedacinhos de bulbo de erva-doce.
Bom apetite!

     
Ingredientes

800 g de pernil (fatiado)
2 cebolas médias cortadas em pétalas
1 colher de sopa de casquinha de limão siciliano com ervas finas
100 g de mostarda escura
50 ml de vinho branco seco
Azeite extra virgem a gosto
Sal a gosto

Fazendo

Apare ao máximo, a gordura do pernil. Deixe apenas um pouco para dar sabor e não deixar a carne secar enquanto assa.
Tempere toda a carne com a casquinha de limão siciliano com ervas finas e o sal. Reserve.
Corte a cebola em pétalas e faça uma camada sobre uma forma refratária com fundo de azeite. Coloque a carne sobre essa camada. Em uma tigelinha, misture a mostarda com o vinho. Derrame um pouco sobre a carne. Coloque o restante da cebola sobre o pernil. Reserve o restante do molho.
Cubra a forma com papel alumínio e leve-a para assar em um forno preaquecido, em baixa temperatura (180º) por cerca de 40 minutos. Retire o papel e verifique se a carne secou um pouco. Coloque o restante do molho e deixe assando, agora para gratinar; 30 minutos serão suficientes (dependendo do seu forno) para que a carne fique no ponto de ser servida.

Comida do Orixás

Orixàs - by Caribé

    Minha filha teve que fazer um trabalho para a escola, com base em uma pesquisa sobre a comida africana; e não teria como falar de comida africana sem falar da comida dos orixás - entidades espirituais cultuadas no candomblé; religião africana, que tem na culinária um prato como oferenda, para cada uma das entidades de sua crença.
    Achei um texto na internet, assinado por Maria Manuela, no site http://ocandomble.wordpress.com/ - o qual reproduzo aqui na íntegra, para conhecimento de nossos leitores.
     Uma leitura interessante que faz parte da cultura sincretista que existe em nosso país. Uma referência da história de nosso povo e que espero que seja útil a todos aqueles que pesquisam sobre a história da gastronomia brasileira.

 ”Certo que os Orixás comem o que os homens comem, porém, recebem a seus pés, nos terreiros, comidas onde os modos de preparar, ao lado dos saberes: palavras de encantamentos (fó), rezas (àdúrà), evocações (oriki) e cantigas (orin) ligadas a estórias sagradas (itan), são elementos essenciais e vitais para a transmissão do axé ”
Vilson Caetano de Souza Junior

Dividir o alimento com os deuses é ter a insigne hora de comer com eles, garantindo, dessa forma, a presença dos Orixás em nossas vidas e da refeição em nossa mesa.
Ao preparar as comidas de santo, deve-se observar os tabus de cada um deles. Por exemplo, o azeite de dendê nunca deve ser oferecido a Oxalá, o mel é proibido a Oxóssi, o carneiro não pode sequer entrar em uma casa consagrada a Iansã etc. Os filhos de santo devem observar todas as quizilas dos seus Orixás e, sendo parte do Orixá, também não podem consumi-las.
A ijoyé encarregada de preparar as comidas dos Orixás é a Ìyá Basé, um cargo outorgado apenas a mulheres de grande sabedoria e respeito junto à comunidade. Ela é a mãe que conhece todos os segredos da cozinha e que sabe que o principal ingrediente para uma boa comida de santo, capaz de alcançar as mais altas dádivas, é o amor.
O primeiro Orixá cultuado também é o primeiro a comer, Exu ele come tudo que a nossa boca come, as oferendas dadas a ele mais comumente são os padês a base de farinha de mandioca branca, combinada com azeite de dendê ou  mel de abelha, água, bebida alcoólica e acaçá vermelho,  feito com farinha de milho amarelo e enrolado em folha de bananeira. Em algumas ocasiões também são utilizados pimenta, cebola, bife e moedas nas oferendas a este Orixá.
Nas oferendas a Ogum são dados inhame assado com azeite de dendê e feijoada.
Oxóssi come axoxó feito com milho vermelho cozido, decorado com fatias de coco. Ele também aprecia frutas e feijão fradinho torrado. As comidas devem ser colocadas sob o telhado ou aos pés de uma árvore.
A oferenda dada a Obaluaiê é a pipoca. Utilizando areia da praia para estourá-las e enfeitando com fatias de coco.
Oxumare prefere que sejam dados em oferenda a ele, batata doce amassada e modelada em forma de cobra e também farofa de farinha de milho com ovos, camarões e dendê.
Ossaim prefere acaçá, feijão, milho vermelho, farofa e fumo de corda.
O acarajé de forma arredondada com dendê é a oferenda consagrada a Iansã, mas também é do agrado de Obá.
Obá também tem preferência por um bolinho de nome abará, que consiste em uma massa de feijão fradinho temperado com dendê enrolado em folha de bananeira e cozido em banho-maria.
O omolocum, feijão fradinho cozido com cebola, camarões e azeite de oliva e decorado com ovos cozidos e descascados é de Oxum.
Iemanjá prefere peixe de água salgada, regados ao azeite e assados, milho branco cozido e temperado com camarões, cebola e azeite doce, manjar com leite de coco e acaçá.
Nanã é oferecido efó, mungunzá, sarapatel, feijão com coco e pirão com batata roxa.
O amalá pertence a Xangô. O amalá (pirão de inhame) deve untar o fundo da gamela e sobre ele é colocado o caruru decorado com pedaços de carne, camarões, acarajé e quiabo, doze unidades de cada e enfeitado com um orobô. É válido lembrar que a oferenda deve ser servida quente.
Oxalufã só aceita comidas brancas e tem preferência por milho branco cozido e sem tempero.
O inhame pilado é oferenda de  Oxaguiã.
As comidas oferecidas a Orixás Funfun, devem ser sempre colocadas em louças brancas.
em: Candomblé A Panela do Segredo – Comida de Santo

Photo of the day


Tuesday, October 16, 2012

Moqueca de Tilápia com Camarão na Moranga


       Domingo é dia de almoço com a família. Também é dia de prepararmos alguns pratos especiais, já que a gente publica tantos pratos durante a semana, sejam eles de autoria dos amigos ou mesmo aqueles que a gente faz no dia a dia, mas sem aquele ritual de reunir familiares. 
      No domingo passado, tivemos uma boa surpresa, preparada pelo amigo Marcio Moura, que nos presenteou com uma iguaria que eu ainda não tinha provado: Moqueca de peixe com camarão na moranga. Isso mesmo; a moqueca foi servida na abóbora moranga. Original, pois a gente está acostumada a ver a abóbora recheada com algum tipo de creme – camarão, carne-seca, etc. Dai imediatamente incluí este prato, na pauta para publicação aqui no blog.
        Vamos à receita!

Ingredientes

1 abóbora moranga grande
500 g de filé de tilápia
500 g de camarão tamanho médio, limpo
1 cebola média cortada em pétalas
3 tomates médios sem pele e sem sementes
300 ml de leite de coco
1 pimenta-dedo-de-moça picada e sem sementes
1 colher de chá de lemon-pepper
1 colher de sopa de salsinha picada
Azeite extra-virgem a gosto
Sal a gosto

Fazendo

Abrir a moranga, retirar as sementes, salgar a parte interna e passar azeite por dentro e por fora. Cobrir com papel alumínio. Assar em forno pré-aquecido a 180°C por aproximadamente 40 minutos ou até que a moranga esteja macia. Reserve.
Corte os filés de tilápia em pedaços pequenos e tempere-os com o lemon pepper e o sal.
Em uma frigideira de borda alta, aqueça o azeite e frite as cebolas até dourarem. Acrescente os filés e o camarão. Refogue-os por uns 5 minutos. Acrescente os tomates picados. Coloque o leite de coco e corrija o sal. Deixe apurando por cerca de uns 10 minutos, para encorpar o molho.
Recheie a moranga com o molho e deixe aquecendo por aproximadamente 15 minutos. Retire do forno e sirva imediatamente.

Bom apetite!

Saturday, October 13, 2012

Lasanha de berinjela


Fim de semana é ótimo para experimentarmos novas e velhas receitas. Se for nova, a gente tem a opinião da família pra dizer se ficou bom ou não e aonde precisa melhorar; se o tempero ficou mais forte, a gente “diminui” a mão e acerta a medida exata. Se for receita já consagrada, a gente dá um toque diferente e vê se a unanimidade se confirma. Pronto! Lá fui eu pra cozinha, arriscar uma receita que não tem unanimidade, mas os que gostam, comem com vontade: Lasanha de berinjela.
Super-fácil de fazer, a lasanha de berinjela é uma opção para quem não pode comer glúten. Leve e saborosa, a lasanha dá bem pouco trabalho de fazer, pois a dificuldade se apresenta, somente na preparação do molho, que fica a critério do freguês.
Desta vez, fiz com molho a bolonhesa, mas você pode fazer al sugo (molho de tomate), com molho de camarão, molho branco, etc. Vamos ver a receita, então!?

Ingredientes

Molho
500 g de carne moída
6 tomates grandes picados, sem pele e sem sementes
500 de purê de tomate
1 cebola grande cortada em pétalas
 2 dentes de alho fatiados
1 colher de chá de lemon pepper
1 pitada de orégano
1 colher de chá de páprica doce
1 pitada de noz moscada
Azeite extra virgem a gosto
Sal a gosto

Lasanha
4 berinjelas grandes
400 g de muçarela ralada
200 g de quejo parmesão ralado grosso

Fazendo

O molho

Frite a cebola no azeite em uma panela. Deixe dourar ou até que fique bem macia. Coloque o alho fatiado. Deixe dourar e acrescente o tomate. Refogue-o e quando estiver bem macio acrescente a carne moída aos poucos. Mexa bem, para que a carne fique com uma coloração uniforme. Tempere com o sal, o lemon pepper, o orégano, a páprica e a noz moscada. Misture-os bem com a carne. Sinta o aroma invadindo sua cozinha.
Agora coloque o purê de tomate. Se você preferir uma consistência mais líquida, adicione um pouco de água. Tampe a panela e deixe o sabor apurando em fogo médio (180º C), por aproximadamente 20 minutos. Reserve.

A berinjela - Montagem do prato
Em uma forma refratária de borda alta, coloque um fundo de azeite. Descasque as berinjelas e com uma faca bem afiada corte-as ao comprido em fatias finas e faça uma primeira camada com as lâminas de berinjela. Cubra as berinjelas com o molho a bolonhesa. Acrescente de forma generosa, a muçarela. Faça outra camada de lâminas de berinjela, acrescente mais molho e cubra com a muçarela. Repita mais uma vez e finalize com o queijo parmesão ralado.
Leve ao forno alto (230º) por aproximadamente 15 minutos ou até quando estiver borbulhando. Deixe esfriar um pouco e sirva em seguida.

Bom apetite!

Thursday, October 11, 2012

Phrase of the day

Pessoas que amam comer são sempre as melhores pessoas. 

Salada Russa - Variação de um mesmo tema


  Ano passado, este prato foi publicado aqui no blog e fez um relativo sucesso. Obviamente, publiquei a receita e ela teve uma boa aceitação, visto através dos comentários da nossa página no Facebook.
   Apesar de não ser rápida de fazer, a cor e a textura desta salada de batata, induz o leitor a querer prová-la (se é que já não provou) e claro, fazê-la. A base é simples, você pode clicar aqui e ver a receita anterior. O que difere desta, porém, são apenas alguns detalhes.
   Aqui, adicionei azeitonas verdes fatiadas e nozes; finalizando com folhas de acelga e rúculas picadas, além de tomates em cubinhos.
  Uma porção individual que vale por uma refeição ligeira e bem saudável. Aproveitem o feriado e bom apetite!

Wednesday, October 10, 2012

'Ogrostronomia' - Um novo estilo na gastronomia?


     O título da reportagem chamou-me a atenção na hora! O que diabos, seria essa tal de ogrostronomia? Primeiro que o nome é difícil de pronunciar, assim, de imediato. A gente vai lendo sílaba por sílaba para ter certeza de que está lendo certo. Segundo, imaginei que alguns cozinheiros truculentos fizessem algum tipo de comida que somente o pessoal do trash-rock, ou os adoradores de vampiros e congêneres gostassem. 
    Ledo engano. Ao ler a reportagem, fui entendendo e me surpreendendo com um estilo (?) irreverente que cinco amigos cariocas criaram. Nenhum deles é cozinheiro por profissão, mas possuem um instinto gourmet nato, bem interessante. 
    Se o termo “ogrostronomia” vai pegar? O tempo dirá; mas que ele já vem sendo executado informalmente à muito tempo, não tenho a menor dúvida. Pois para quem, como eu, fez combinações exóticas na composição de pratos, tais como, espaguete ao molho de sardinha com banana-da-terra frita, o que os rapazes têm a oferecer certamente estaria no mesmo cardápio. 
   A reportagem é da jornalista Isabela Marinho, transcrevemos alguns trechos da reportagem de Isabela, que vocês poderão acompanhar na íntegra, no seguinte endereço: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/10/ogrostronomia-cinco-homens-se-reunem-para-fazer-receitas-diferentes.html
   Cinco amigos que gostam de cozinhar decidem se reunir para fazer pratos diferentes. Além do prazer de fazer e depois degustar a comida, a vontade de se confraternizar foi fundamental para que o ogrostronomia acontecesse. O nome, para quem é apresentado aos rapazes, fica claro na hora: “A gente pensou. Todo mundo pode cozinhar. Até ogros como nós”, diz Jimmy McManis que tem o nome do evento tatuado no braço esquerdo. O grupo quer mostrar que cozinha é uma prática simples capaz de ser realizada por qualquer pessoa. Segundo eles, a representação do ogro demonstra que preconceitos podem e devem ser superados. 


  Embora o nome nos remeta a comidas junkies e gordurosas, Boris Henningsen, Betho Alves, Jymmi Mc Manis, Marcelo Neves e Guto Senra - os cinco rapazes moradores do Rio, que têm outras profissões, mas que cozinham por diversão - garantem que receitas como ceviche (prato de origem peruana baseado em peixe cru marinado em suco de limão ou lima ou outro cítrico) também fazem parte do cardápio do ogrostronomia.
   Tudo começou em casa. Um convidava o outro para fazer pratos e jogar conversa fora. Até que Boris Henningsen e Jymmi Mc Manis decidiram levar a ideia a sério. Convidaram Guto Senra para ajudar nos pratos. Depois Betho Alves sugeriu que eles fizessem vídeos para um canal criado no Youtube.  Por último, Marcelo Neves fechou o grupo. Há um ano os vídeos mostram o preparo de pratos como carne marinada, batata hasselback, cordeiro, sopa de feijão preto, lasanha de berinjela, frango assado com bacon e ogro sashimi.


   Os vídeos no Youtube fizeram sucesso (200 mil visualizações) e o grupo decidiu transformar o virtual em real. Começaram então a cozinhar em maior escala e trocaram o terraço de casa pelo La Esquina, na Lapa. Lá fizeram a primeira edição do Ogrostrononomia com um prato mexicano: salsa pica-de-galo, guacamole e burrito de carne e frango. 
   No Boteco Salvação, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, já foram seis eventos em quatro meses. O primeiro também foi o mexicano, seguido de um chilliburguer. 
  A princípio o evento aconteceria toda primeira terça-feira do mês. Mas gastronomia dos ogros trouxe um movimento incomum de início de semana para o estabelecimento que no mês de outubro já aconteceram duas edições. Os amigos chamam outros amigos e a casa enche.


   O divertido do chilliburguer e do ogrodog, por exemplo, é o tamanho. Há quem prefira comer de garfo e faca para não fazer feio. Mas quem não abre mãe de comer o sanduíche com as mãos, acaba de embaraçando com o molho de hilli que cai do prato. 
   O Ogrostronomia acontece todo primeiro sábado do mês no La Esquina, na Lapa, e na primeira terça-feira do mês na Boteco Salvação, em Botafogo. Os eventos extras são publicados na fanpage do evento no Facebook.

La Esquina
Endereço: Avenida Mem de Sá, 82

Boteco Salvação
Enereço: Rua Henrique de Novaes, 55 - Botafogo

Friday, October 5, 2012

Photo of the day - Penne with mussel's sauce

By Luiz Claudio Machado

Escondidinho de Camarão



        Sexta-feira é dia de peixe. Essa máxima, eu ouvia desde menino, lá no Rio de Janeiro. Invariavelmente, tinha peixe lá em casa, neste dia; e se não fosse peixe, seria camarão.
      Com esse passamento, fui ao mercado ontem e comprei 1,5 kg de camarão para molho. Isso mesmo, daqueles não muito grandes, já limpos, sem cabeça e casca. Prontinho para descongelar e usá-lo na receita que imaginei: Escondidinho de camarão.
        Levei os camarões para casa, juntamente com batatas e mandioca, complementos obrigatórios na receita. Quem já comeu sabe o quanto fica bom!
        O acompanhamento é quase desnecessário, pois já que temos o carboidrato da batata e da mandioca, nem precisei de arroz. Preferi uma salada com folhas – no caso, usei rúcula e agrião, acompanhada de fatias finas de beterraba, brócolis e tomatinhos-cereja.
Pronto! Ingredientes comprados; levei-os para casa e combinei com Cecília como faríamos. Minha querida assistente (e na verdade foi quem fez tudo dessa vez) deixou o prato prontinho para hoje. É. Ela fez na quinta-feira para degustarmos na sexta. Sabem por que? O sabor do camarão fica mais apurado, principalmente porque ao guardá-lo na geladeira, a massa fica mais consistente. No dia seguinte é só tirar da geladeira e esquentar no forno. Por favor, não use o micro-ondas!!!!
Praticamente todos os ingredientes já foram citados, mas vamos as quantidades, tá!? Anotem.

Ingredientes

1,2 kg de camarão congelado (limpo)
500 g de mandioca amarela
500 g de batata inglêsa (batatinha)
1 colher de chá de lemon pepper
1 cebola-roxa bem picada
2 dentes de alho em pasta
200 g de queijo ralado
Sal a gosto
Azeite extra virgem a gosto

Fazendo

Tempere o camarão com sal, a cebola picada, o alho e o lemon pepper. Misture bem para ficar bem temperado. Enquanto isso coloque as batatas e a mandioca para cozinharem (é claro, que elas já foram descascadas); quando estiverem cozidas, amasse-as em ponto de purê e misture-as, formando uma massa homogênea. Tempere a massa com sal.
Refogue o camarão rapidamente, até que fiquem douradinhos. Não mais do que 5 minutos. Coloque-os em uma forma refratária untada com azeite. Cubra-os com a massa de batata e mandioca. Se você estiver fazendo o prato para ser degustado na hora, coloque o queijo ralado e leve ao forno para gratinar. Cerca de 5 minutos.
Retire do forno e sirva imediatamente. Bom apetite!