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Tuesday, April 7, 2015

Peixes - Algumas técnicas para sua conservação


A conservação de alimentos sempre foi um desafio quando se tratava especificamente de peixes e frutos do mar. Antes da criação da refrigeração motora e os transportes refrigerados, era muito difícil alguém comer peixe fresco.
As técnicas de pesca se difundiam em tal escala que a quantidade de peixes pescada era tão grande que o excesso tinha de ser preservada através de técnicas de salga, secagem, defumação, fermentação ou alguma combinação destes tratamentos microbianos.
Peixes preservados são apreciados em diversas partes do mundo, especialmente na Europa e Ásia, apesar do sabor mais acentuado que os dos peixes frescos – mais consumidos aqui no Brasil e atualmente nos Estados Unidos.
Os peixes conservados, porém, não se tornam inferiores na qualidade, por isso; sendo uma opção bem interessante a ser utilizada em diversas receitas.


Peixes secos

Secar alimentos ao sol e ao vento é o método mais antigo de preservação. O peixe fresco tem cerca de 80% de água; com menos de 25% de, as bactérias têm dificuldade para se multiplicar, e o mesmo acontece com os fungos abaixo de 15%. Felizmente a desidratação intensifica e altera o sabor, pois rompe a estrutura das células e assim promove a atividade das enzimas, e por outro lado, concentra as moléculas saborosas a ponto de fazê-las começar a reagir umas com as outras e criar novas nuances de sabor.
A China e o Sudeste Asiático são os maiores produtores e consumidores de peixes e frutos do mar secos. Lá os cozinheiros usam camarões secos inteiros ou moídos para temperar vários pratos; cozinham no vapor e moem vieiras secas antes de acrescentá-las a sopas; reconstituem as carnes duras e secas de abalone, polvo, lula, água-viva, e submetem-nas a cocção lenta até ficarem macias. Fazem o mesmo com barbatanas de tubarão, que emprestam às sopas uma densidade gelatinosa.

Peixes salgados

Os europeus desenvolveram a técnica da secagem dos peixes através da salga destes. Por ser um continente de clima temperado, os peixes estragam facilmente antes de secar o suficiente; por isso a salga é o melhor método de preservação para os pescados. Um dia de salga, preserva o pescado por muitos dias mais, tempo suficiente para levá-los para o interior; ao passo que um peixe com salga de 25% o deixa estável por um ano.


Bacalhau salgado

O bacalhau a tempos é a espécie mais conhecida dentre os peixes salgados no continente europeu, onde o tratamento padrão consistia em abrir o peixe, salgá-lo e deixá-lo sobre rochas e jiraus durante várias semanas para secar. Hoje em dia, o bacalhau pode ser curado por 15 dias para saturar a carne de sal (25%) e depois, conservado sem secagem durante meses.
O bacalhau salgado continua sendo o alimento popular não só em todo o Mediterrâneo como também no caribe e na África, onde foi introduzido na época do tráfico dos escravos. A Escandinávia e o Canadá ainda são os maiores produtores. O bacalhau seco de cor branca é preferido em detrimento ao amarelo e ao avermelhado, pois as cores indicam sabores desagradáveis provocados pela oxidação ou por microorganismos.


Arenque salgado

O arenque pode ser composto de até 20% de gordura em relação ao peso e, portanto, correm risco de se tornar rançosos quando expostos ao ar. Os pescadores medievais resolveram este problema fechando os barris de salmoura, onde se conservavam por até um ano. Então por volta de 1300, os holandeses e os alemães do norte desenvolveram uma técnica rápida de limpeza das vísceras que poupava um pedaço do intestino rico em enzimas digestivas (o ceco pilórico). Durante um a quatro meses de cura em salmoura moderada (entre 16-20%), essa enzimas circulam e suplementam a atividade das enzimas dos músculos e da pele, decompondo as proteínas até criar uma textura macia, convidativa, e um sabor maravilhosamente complexo, que combina a um só tempo notas de peixe, carne e queijo. Esses arenques são comidos no estado em que se encontram, sem dessalga nem cocção.


 Anchovas curadas

As anchovas, parentes próximas do arenque, são curadas na região do Mediterrâneo, com o objetivo de fazer um molho de peixe típico da região. Tiram-se as cabeças e limpam-se os peixes, que são então postos em camadas entremeadas de sal em quantidade suficientes para saturar seus tecidos. Essa massa é prensada e conservada por seis a dez meses em temperatura relativamente alta, entre 15 e 30ºC. Os peixes podem então ser vendidos no estado em que se encontram; alternativamente, os filés são enlatados ou acondicionados em recipientes de vidro, ou moídos e misturados com óleo ou manteiga para formar uma pasta. As enzimas dos músculos, da pele, das células sanguíneas e das bactérias geram muitos compostos de sabor; a concentração destes, aliada à alta temperatura de cura, estimula os primeiros estágios das reações de escurecimento, que geram ainda outra gama de moléculas aromáticas. O resultado é um sabor extraordinariamente complexo que inclui notas de frutas, gordura, fritura, pepino, flores, doces, manteiga, carne, pipoca, cogumelos e malte. Essa complexidade concentrada, aliada ao modo com que a carne curada se funde imediatamente com os demais ingredientes de um prato, fez com que os cozinheiros tenham usado as anchovas como realçador geral de sabor em molhos e outros pratos desde o século XVI.

Referência bibliográfica: Comida e Cozinha - ciência e cultura da culinária, by Harold McGee - Ed. Martins Fontes / 2014.

Monday, April 6, 2015

Vermelho - Um peixe saboroso para sua mesa


A semana santa é o período em que normalmente as pessoas procuram seguir a tradição de não comer carne vermelha. O peixe passa a ser a primeira opção, apesar do custo elevado de algumas espécies.
Porém, você pode encontrar espécies de peixe com preço acessível, preparando uma boa receita que atenda sua família. É o caso do Vermelho.
Peixe de carne branca e saborosa, com pouca espinha e que você encontra em boas peixarias, variando seu peso entre 1,5kg a 5kg.
Para o domingo, como era só para duas ou três pessoas almoçarem, comprei o de menor peso – 1,5kg. Cerca de 300g de camarão, complementariam parte da receita que eu faria. E como sempre me pedem a receita, aqui vai ela, esperando que vocês não esperem até a próxima Páscoa para fazê-la. Quem sabe no próximo fim de semana você surpreende sua família e amigos? Então anotem!

Ingredientes

1,5kg de vermelho
300g de camarão-rosa limpo
2 colheres de sopa de azeite
Suco de 1 limão
1 colher de chimichurri
1 cebola grande cortada em fatias grossas
1 colher de chá de sal


Fazendo

O peixe deverá estar limpo e pronto para ser temperado. Prepare em uma tijelinha, o molho do tempero. Misture todos os ingredientes e passe com um pincel em toda a superfície do peixe e em seu interior.
Cozinhe rapidamente os camarões, apenas com sal. Recheie o peixe com os camarões cozidos.
Sobre uma folha de alumínio, faça uma cama com as rodelas de cebola e coloque o peixe sobre elas. Embrulhe o peixe e leve-o ao forno médio por 40 minutos.
Após este período desembrulhe-o com cuidado e coloque-o sobre uma travessa refratária e deixe gratinar de 10 a 15 minutos.
Para dar um toque mais original, coloque o peixe sobre uma folha de bananeira (lavada antes).
Sirva acompanhado de legumes cozidos, arroz e uma boa farofinha de mandioca.

Bom apetite!

Tuesday, September 23, 2014

Filé de Saint Peter com molho de gorgonzola

 

Tem horas em que a gente quer variar um pouco o cardápio do lanche da noite. Tem gente que gosta de jantar todos os dias. Outros preferem uma refeição mais ligeira, mais light, um sanduíche de peito de peru com uma folhinha de alface e uma rodela de tomate, um suco “verde” e pronto! Fica feliz.
        Pois bem, eu sou dos que preferem a comidinha mais light. Mas mesmo assim, como eu disse, às vezes é bom inovar e sair um pouco da mesmice. Pois foi o que eu fiz ontem à noite.
Fui ao supermercado e comprei uns filés de Saint Peter, um pedacinho de queijo gorgonzola, uns tomatinhos cereja e fui para casa “jantar”.
        Receita simples e rapidinha, porque não estava a fim de ficar cozinhando com fome.
        Usei os ingredientes que comprei e mais alguns temperos que tinha em casa – chimichurri, limão, sal e azeite. Tudo na medida que agradasse o paladar.
        Lavei os filés em água corrente, enxuguei-os com papel toalha e coloquei-os em uma travessa. Espremi o sumo de um limão (os mais chiques podem usar o siciliano), só para amenizar um pouco o cheiro do peixe. Sobre eles, uma pitada em cada um, de chimichurri e deixei descansando enquanto aquecia a frigideira em fogo médio.
        Coloquei o azeite extra virgem na frigideira e na sequencia, deixei escorrer um pouco do sumo de limão e coloquei o primeiro filé para fritar com o lado do chimichurri voltado para cima. Adicionei uma pitada de sal, virei o outro lado para dourar e assim fiz com os demais filés. Foram quatro filés.
        Enquanto os filés de Saint Peter iam fritando, preparei o molho de gorgonzola. Um pedacinho de 50g desmanchado em pedacinhos, colocados em uma frigideira pré-aquecida. Ao derreter, coloque duas colheres de creme de leite ou a quantidade que seja necessária para fazer um molho espesso.
        Coloque os filés em uma travessa e regue sobre eles o molho de gorgonzola. Finalize com tomatinhos cereja, cortados em fatias.
        Acompanhe o prato com uma salada verde ou mesmo um pãozinho francês bem crocante.

Bom apetite!


Wednesday, September 3, 2014

Bacalhau a milanesa - por Paulinho Pecora


    Esta é a segunda vez que o Chef Paulinho Pecora nos “visita”. Digo isto, por publicarmos mais uma receita fantástica deste amigo, que gentilmente nos autorizou a publicarmos esta receita, que leva a assinatura de sua mãe e que é uma de suas preferidas: Bacalhau a milanesa com molho escabeche.
    Então, não espere até o Natal para provar esta iguaria. Vá amanhã mesmo ao supermercado, compre umas boas postas de bacalhau e saboreie a receita. 
     Leia como fazer.

Ingredientes
6 postas altas de bacalhau com umas 100 gramas cada uma (dessalgadas ou demolhadas por 3 dias)
4 ovos
100 gramas de parmesão ralado fino
50 gramas de queijo pecorino ralado fino
50 gramas de ricota defumada ralada fina
Salsa picada (à vontade)
1 pitada de pimenta do reino branca
30 ml de azeite extravirgem
300 gramas de farinha de rosca
200 gramas de farinha de trigo comum
Óleo de girassol para fritar

Para o molho escabeche
1 copo de vinho branco seco
½ copo de vinagre
1 colher (sopa) de mostarda Dijon
50 gramas de manteiga
Sálvia, tomilho, endro e cebolinha, bem picados (à vontade)
2 cebolas grandes cortadas em rodelas
Sal a gosto

Fazendo
Aqueça o azeite e doure levemente as postas de bacalhau. Tempere com a pimenta do reino e reserve.
Batas os ovos com o mix de queijo e a salsinha, como uma omelete.
Passe as postas primeiro em farinha de trigo, depois nos ovos batidos e depois na farinha de rosca e frite em gordura quente. Reserve.
Para o molho, derreta a manteiga com um fio de azeite e branqueie as cebolas levemente. Acrescente a mostarda e refogue por 2 minutos.
Acrescente o vinagre e o vinho branco e deixe apurar até o álcool evaporar.
Finalize com as ervas grosseiramente picadas.
Em uma terrina ou em um pirex, acomode as postas de bacalhau empanadas e deite o molho por cima. 
Está pronto!

Wednesday, August 20, 2014

Bacalhau Pil Pil


Dentre tantas e tantas receitas que existem de bacalhau, tem uma que me agrada muito e que raramente vejo nos cardápios dos restaurantes que não sejam especializados na nobre cozinha ibérica – o Bacalhau Pil Pil.
Receita de origem do norte da Espanha, muito apreciada pelo povo basco, o Bacalhau Pil Pil, tem em sua feitura a origem de seu nome. Um prato rústico, mas de sabor delicado, utiliza em sua feitura poucos ingredientes, como alho, azeite e pimenta malagueta. Quem come jamais o esquece.
O molho é feito com seu próprio cozimento, uma emulsão, resultado da formação do derretimento da gordura de sua pele em contato com panela – vale lembrar que há uma polêmica em relação em qual recipiente se deve preparar este prato, pois alguns insistem que ele deve ser feito somente em uma caçarola; o que não quer dizer que você não possa fazê-lo em outro tipo de panela.
O resultado é um espetáculo! Anote.

Ingredientes

6 postas de lombo de bacalhau
10 dentes de alho fatiados
300 ml de azeite extra virgem
350 ml de água fria
3 colheres de sopa de salsa picada
Pimentas dedo-de-moça frescas
Sal a gosto

Fazendo

Em uma panela aqueça o azeite e frite as fatias de alho, deixando-as bem douradas. Reserve-as. Em fogo baixo, frite o lombo de bacalhau (previamente dessalgado), de dois em dois, com a pele voltada para o fundo da frigideira, tomando cuidado para não ferver o azeite. A temperatura deve ficar sempre abaixo da ebulição da frigideira. Este é o processo conhecido por confit, que é um tipo de cozimento de alimentos em gordura, em que se emprega baixa temperatura e por uma duração maior para não prejudicar a cadeia de fibras do alimento que é cozido. Esse método oferece maciez e textura ao alimento. 
À medida que o bacalhau vai ficando confitado no azeite, a pele vai largando um líquido esbranquiçado que é constituído por gelatina.
Retire os lombos fritos e disponha-os em uma travessa.
Transfira o azeite usado na fritura para uma tigela e junte a pimenta e o sal. Bata em um batedor manual por 3 minutos – este é o momento em que se denomina o “pil pil” – até ficar com a consistência de maionese. É esta emulsão que regará os lombos do bacalhau. Mas antes de regá-lo, verifique se há necessidade de corrigir o sal.
Finalize com as fatias de alho fritas.

       Bom apetite!

Tuesday, July 8, 2014

Filé de Salmão ao tomate seco e gergelim preto



      Dia do jogo do Brasil. Um jogo que poderia levar o Brasil a uma decisão no Maracanã, mas que infelizmente entrou para a história do futebol, como o dia em que o Brasil, “apagou” diante do time da Alemanha. Uma “surra” de 7 gols contra apenas um (o gol de honra) do Brasil.
       Apesar dessa “tragédia”, eu e Cecília nos deliciamos com um belo almoço preparado por ela. Uma oportunidade que aproveitei; pois enquanto estava ajeitando algumas coisas aqui em casa, ela responsabilizou-se pelo almoço.
Não poderia ser melhor. Prato do dia: Frigideira de salmão com tomate seco e gergelim preto e brócolis.
Nem foi preciso ter arroz como acompanhamento, pois outros ingredientes foram muito bem escolhidos para tal. A combinação do salmão com brócolis ficou excelente. Batatas e cenouras cozidas com azeite, também tiveram participação decisiva na composição do cardápio; mas como ela sabe que eu gosto de mandioca, as fez bem cozidas e macias, com manteiga e sal. Para ela, especialmente, uma panelinha de quiabo com jiló refogados!!!!
Como sei que o que a maioria dos amigos e amigas querem, é saber a receita do salmão, acho melhor irmos direto ao assunto, não é mesmo? Tá bom!

Ingredientes do salmão

Um filé de salmão (1, 2 kg aproximadamente)
1 colher de sopa de tomate seco picado
1 cebola-roxa pequena fatiada bem fina
Suco de 1 limão Tahiti
Sal com especiarias
Azeite extra-virgem

Fazendo
Em uma frigideira grande, coloque um fundo de azeite extra-virgem. Tempere com o suco de limão e os demais ingredientes. Coloque os buquês de brócolis e finalize com os grãos de gergelim preto. Cozinhe em fogo médio, com a frigideira tampada por aproximadamente 20 minutos ou até o salmão ficar com uma textura rígida (mas cuidado para não ficar seco).
Sirva na própria frigideira.

Bom apetite!

Friday, June 27, 2014

Bacalhau à espanhola - Receita de D. Jacy


Passear pelo Rio tem muitas vantagens, disto ninguém duvida; mas toda vez que venho aqui visitar minha mãe, aproveito para fazer uma reciclagem e aprender algo novo de sua lavra culinária. Desta vez, tive a oportunidade de rever a receita do bacalhau à espanhola.
Um prato delicioso e fácil de fazer. Tudo bem que não é rápido, considerando-se que normalmente você tem de dessalgar o bacalhau. Mas vale a espera, considerando-se também que fica muito bom!
Observando o jeito de D. Jacy, vi-a aferventando o bacalhau dessalgado, para que a pele do bacalhau se desprendesse com mais facilidade. A carne era separada em lascas e reservadas. Lembrando que nesta receita, ela usou 1,5 kg de bacalhau do porto. Em uma panela com água quente, ela cozinhou 6 batatas inglesas de tamanho médio, cortando-as em fatias grossas. Enquanto isso, eu ia cortando duas cebolas em fatias finas para fazerem parte do molho de tomate.
Seis tomates grandes, sem peles e sem sementes, seriam refogados em azeite de boa qualidade (extra virgem, de preferência) com as fatias das cebolas e três dentes de alho bem amassados. Molho espesso, com pitada de sal suficiente para não salgar. Deixa-se de lado por alguns instantes, pois servirá ao final, na montagem do prato.
Quatro ovos cozidos pululavam na panelinha com água quente. Deixamos esfriar em água fria, para que ficasse mais fácil de retirar a casca.
Minha mãe usa uma forma refratária bem interessante, com tampa, o que facilita na hora de ir ao fogo sobre a trempe do fogão; mas você pode colocar em uma forma que possa ir ao forno, que o resultado será o mesmo.
A montagem é que dá o toque final na exuberância do prato. Hora dos encantos visuais e do cuidado para não babar no prato.
Cubra o fundo da forma com azeite e espalhe as lascas do bacalhau, cobrindo todo o fundo. Sobre elas, faça uma camada com as fatias das batatas e cubra-as com o molho de tomate. Cubra com uma leve camada de queijo parmesão ralado grosso e em seguida espalhe uma porção de azeitonas pretas (temperadas ou não). Finalize com os ovos cozidos cortados e uma porção de cebolinha cortadinha. Tampe a forma e leve ao forno por 10 minutos em fogo alto. Sirva em seguida.
Este prato não requer um acompanhamento, mas sabendo da preferência da maioria dos brasileiros, pode-se acompanhar o prato com um bom arroz simples ou mesmo com brócolis.
Um dia de aprendizado e um bom almoço com a família.

Saturday, March 30, 2013

Salmão selado com crosta de gergelim preto


Neste sábado de Aleluia, reservei uma receita que as meninas gostam muito. Salmão. Um prato que hoje em dia é muito apreciado no Brasil, certamente pela influência da culinária japonesa.
Independente disso, as meninas adoram salmão, e me pediram que preparasse algo especial mas sem muita elaboração. Que fosse rápido e gostoso.
Ok, respondi. Poderia ser cru, que mais rápido impossível. Mas aí não seria tão original. Então, fiz um meio termo. Um bom salmão selado com crosta de gergelim preto. Sucesso total. Não sobrou nem um pedacinho. Ainda bem que fiz uma foto antes que elas literalmente comessem o “modelo”.
Imaginem  que só por comentar no Facebook que estava com vontade de fazer esta receita, uma amiga já pediu logo a receita; e é tão fácil, que vale a pena anotar e deixar em seu caderninho de receitas. Ok? Então anote.

Ingredientes

1 filé de salmão (preferencialmente lombo) – cerca de 1 kg
1 colher de chá de casquinha de limão siciliano
50 g de gergelim preto
Azeite extra-virgem
Molho de soja - shoyu (para o acompanhamento)

Fazendo

Corte o filé em cubos grandes. Em uma frigideira antiaderente, aqueça o azeite. Em um prato espalhe um pouco do gergelim. Reserve. Frite o salmão um a um. A fritura deve ser rápida o suficiente para selar apenas, os dois lados do peixe deixando o interior quase cru. Tire da frigideira e passe o salmão no pratinho de gergelim, deixando-o aderir de um lado e depois do outro. Sirva em uma travessa e acompanhe com molho de soja (shoyu).

Bom apetite!

Thursday, January 17, 2013

Filé Rolê de Congro a La D. Jacy


     Férias tem dessas coisas. Pelo menos comigo é assim, enquanto curto um bom e merecido descanso, vou anotando as novidades gastronômicas que me passam pela frente. Lógicamente que as anotações são feitas depois da degustação das referidas novidades. Sendo assim, aqui está mais uma novidade que Cozinhando com Amigos, agrega ao seu caderno de anotações: Rolê de Congro a La D. Jacy; um prato especial com um peixe saboroso e de baixo custo, mas que você também pode fazer com linguado.
     Alguns ingredientes você certamente, terá em casa, mas vale anotar:

Ingredientes

1 kg de filé de congro cortado em pedaços de aproximadamente 10 cm
1 colher de sopa de salsinha picada
1 cenoura* cortada a julienne em pedaços de aproximadamente 5 cm
suco de 1 limão
sal a gosto

Para o molho

5 tomates sem pele e sem caroços
500ml de polpa de tomate
1 cebola média cortada em pedaços pequenos
1 pitada de páprica doce
1 colher chá de orégano
1 colher de sopa de azeite extra-virgem
sal a gosto
pimenta-do-reino a gosto

Fazendo

Tempere os filés com o limão, o sal e as salsinhas. Reserve. Enquanto isso, corte a cenoura e ponha-as para cozinhar.
Prepare o molho de tomate. Corte as cebolas e coloque-as para dourar em azeite até que fiquem macias. Acrescente os tomates e deixe-os cozinhando até se desmancharem. Tempere com o sal, a pimenta do reino, a páprica e o orégano. Acrescente a polpa de tomate. Se estiver com uma consistência muito espessa, acrescente um pouco de água.
Quando as cenouras estiverem cozidas, coloque-as no sentido transverso aos filés e enrole-as. "Feche" os filés com um palito de cozinha.
Acrescente os filés ao molho e deixe-os cozinhando por cerca de 10 minutos. Pronto! Aqui está um prato fantástico que pode ser acompanhado por diversas opções; desde uma simples salada, como uma porção de arroz ou mesmo um purê de mandioquinha ou mesmo de batatas. Escolha a sua!

Bom apetite!

Thursday, November 29, 2012

Truta ao Molho de Limão e Pimenta

 

    Ontem deixei preparadas na geladeira, duas trutas. Este seria o cardápio de hoje – Trutas marinadas no limão árabe com pimenta. Como eu havia dito, há uns dias atrás, achar truta em Brasília não é muito fácil e quando acho, coloco-a na lista de compras imediatamente.
   Assim feito, fui preparar as tais. Se o almoço foi bom? Quer saber mesmo?    
    Então anote.

Ingredientes

2 trutas (cerca de 400g)
½ cebola grande cortada em pétalas pequenas
1 pimenta dedo-de-moça picada (sem sementes)
1 colher de sopa de lemon pepper
1 colher de sopa rasa de orégano
Suco de três limões tahiti
20 ml de azeite extra virgem
1 colher de chá de sal

Fazendo

Junte todos os ingredientes em uma vasilha e misture bem, até a mistura ficar bem homogênea. Reserve.
Em uma forma refratária, coloque as trutas lado a lado. Coloque a mistura dos temperos sobre elas espalhando por toda a superfície, mantendo um pouco para que você os coloque na barrigada das trutas (como se fosse recheá-las).
Cubra a forma com papel alumínio e deixe de um dia para o outro na geladeira.
Aqueça o forno a temperatura de 180ºC e deixe assando por cerca de 40 minutos. Retire e folha de alumínio e deixe assar por mais 10 minutos. Sirva imediatamente.

Sunday, July 8, 2012

Pargo ao Molho Jerk


Esta semana que passou, estive estudando um pouco da comida caribenha; e vi a similaridade que ela possui com algumas receitas brasileiras, especificamente com a comida baiana. A utilização da pimenta na maioria dos pratos é o que chama a atenção, e para quem não está acostumado, recomendo nem experimentar, pois o “calor” das receitas faz qualquer um chegar as lágrimas.
Interessante é que tenho visto muitos chefs e cozinheiros usando a pimenta-do-reino em quase tudo que fazem; seja peixe, frutos do mar, frango, carne e até saladas, a pimenta-do-reino está lá, fazendo parte dos ingredientes.
Decididamente, em um país tropical como o Brasil, a “exclusividade” do uso da pimenta em pó, me causa surpresa, pois podemos utilizar uma variedade de pimentas, saborosas, ardidas, de aromas que enriquecem o tempero de uma receita, enfim, tudo a ver com o que as receitas do Caribe utilizam.
Existe um molho, originário da Jamaica, pouco conhecido por aqui, o molho Jerk; e é sobre a utilização dele que escrevo hoje aqui, e que por incrível que pareça, a receita não tem pimenta-do-reino. Mas já me disseram que alguns colocam. Desnecessário, digo eu; porque as que fazem parte da composição deste molho, já estão na medida certa para que não mascarem o prato principal.
Escolhi o pargo, por eu gostar de preparar peixe (como alguns de vocês já puderam comprovar), mas você também pode escolher um outro tipo de carne (recomendo um bom assado de filé mignon suíno). A receita de hoje é Pargo ao Molho Jerk. Anotem.

Ingredientes

O molho
8 dentes de alho
6 cebolas pequenas picadas
½ xícara de chá de açúcar mascavo
4 pimentas-dedo-de-moça (sem sementes)
1 colher de sopa de  páprica picante
1 colher de sopa de tomilho desfolhado
1 colher de café de canela em pó
½ colher de café de noz-moscada
2 colheres de sopa de molho de soja
Sala a gosto

O peixe
4 pargos inteiros de 400 g aproximadamente

Fazendo

O molho
Misture os ingredientes em um bowl e acerte o sal. Bata a mistura em um liquidificador e guarde-a na geladeira (ele dura até 2 semanas).

O peixe
Coloque os peixes em uma travessa refratária e pincele-os com o molho jerk, deixando marinar na geladeira por cerca de 2 horas. Passado esse tempo, cubra a travessa com papel-alumínio e asse em fogo pré-aquecido, a uma temperatura de 180ºC, por cerca de 15 minutos. Sirva em seguida.