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Wednesday, June 4, 2014

Dicas para comer certo - Elibia Portela


É sempre uma satisfação visitar a página no Facebook de Elibia Portela, cozinheira baiana, que há 32 anos vem nos ensinando pela TV, diversas receitas e outros assuntos relacionados a culinária. Por conta disto, selecionei o texto que se segue, publicado em sua página, trazendo algumas dicas de como comportar-se à mesa quando formos comer alguns tipos de pratos. Dicas fundamentais, feitas apor meio de pesquisas e estudos de Elibia em suas visitas virtuais, e que tenho certeza, serão bem úteis a vocês. Vamos ao texto?

    Alguns alimentos a primeira vista, apresentam pequenas dificuldades que nos deixam muitas vezes embaraçadas. No entanto, tudo é muito fácil e simples, e a regra, como sempre é ditada pela lógica e pelo bom senso.
   De uma maneira geral, em refeições formais, há talheres para tudo: a não ser o pão, raramente se toca o alimento comas mãos. Se isso for necessário, certamente virá uma lavanda para lavar a ponta dos dedos.


Aspargos como entrada – mais formalmente, usar o garfo para cortar e levar a boca. Informalmente, segurar com os dedos, passar no molho e leva-los à boca sem uso de talheres. De qualquer forma, comer só a parte mais tenra.


Alcachofra – tirar as folhas uma a uma, passar no molho e raspar entre os dentes, comendo apenas a parte “carnuda”. Ir colocando as folhas organizadamente no prato. Quando acabarem as folhas, retirar os fios do miolo com auxílio da faca e comer com o garfo. Em refeições formais serve-se apenas a parte central, o “coração” da alcachofra.


Ostras e mariscos – segurar a concha com a mão, firmando-a no prato. Soltar o molusco com auxílio do talher próprio ou comer com o talher de peixe. Temperar a gosto e comer com o garfo. Pode-se beber o molho que resta na concha, levando-a diretamente à boca. Organizar as conchas vazias no prato.


Escargots – somente devem ser servidos em travessinhas especiais e com talheres próprios (pinça e garfinho). Com a pinça na mão esquerda, segura-se o caramujo. Com o garfinho na mão direita, retira-se o molusco de dentro. O molho que fica na travessa pode ser comido embebendo-se com pedacinhos de pão.


Consomé – é servido em taça, espécie de xícara com duas alças. Tomar tudo com a colher própria ou com uma de sobremesa. Pode-se também tomar apenas algumas colheradas e depois beber o restante aos goles, levando-se à taça à boca, segura pelas duas alças. Senão estiver sendo usada, a colher descansa no pratinho.


Frango a passarinho e costelinhas – não devem figurar em cardápios formais. Comer pegando cada pedaço com a mão. Nunca se deve usar talher.


Massas de fios – (espaguete, talharim, fusile, etc.) comer com o garfo de carne, sem usar a faca. Pegar poucos fios (com a ponta do garfo de encontro ao prato) e ir girando de forma que fiquem enrolados nos dentes do garfo e assim vão à boca.


Saladas e legumes – usa-se apenas o garfo. A faca poderá auxiliar para dobrar as folhas da alface, nunca para cortar.


Lagosta – quando já vier em pedaços, usa-se o garfo de peixe. Em refeições informais pode ser servida com a casca. Nesse caso, são necessários talheres especiais: uma espécie de alicate (que quebra as pinças da lagosta) e um garfinho especial de dois dentes, que é introduzido dentro das patas e das pinças para ir buscar a carne que se aloja ali.


Sobremesas – cremes, pudins e sorvetes, são comidos com a colher. Tortas e bolos, com o garfo. Às vezes é necessário usar ambos, como no caso de frutas em calda, em que o garfo serve para fixar a fruta e a colher para cortar e comer.


Frutas de casca e de polpa cremosa – (caqui, mamão, figo, fruta- do-conde, etc.) podem vir com a casca e são comidas com colher. Se houver caroços, devolvê-los à colher e depois ao prato. Banana, informalmente, é comida à boa moda brasileira, abrindo-se a casca com a mão, segurando-se em uma das extremidades e puxando-se cada pedaço de casca para um lado. Comer dando pequenas dentadas. Pode-se também deitá-la no prato, separar as extremidades, fazer um corte com a faca no sentido longitudinal, abri-la e ir cortando com o garfo em pedacinhos levando-os um a um à boca.



Frutas de casca e de polpa dura – (maçã, pêra, goiaba, etc.) são cortadas em pedaços, como se fossem gomos. Segurar cada pedaço com o garfo, levantando-o do prato enquanto se descasca; redividindo-o, a seguir em bocados menores e levando-os um a um à boca, espetados no garfo.


Frutas difíceis de descascar – (laranja, abacaxi, manga, melancia, melão, etc.) devem vir à mesa, já descascadas, cortadas em fatias ou pedaços. Comê-las com garfo e faca.


Frutas pequenas de casca e caroço – (uva, nêspera, ameixa, cereja) são comidas uma a uma com a mão. Caroços e cascas podem ser devolvidos ao prato com, a mão ou com a colher.


Frutas pequenas sem casca – (morango, framboesa, etc) são comidas com colher e, se preciso cortá-las, com o auxílio de garfo. Morangos podem vir com o cabinho, ao natural: pegá-lo com a mão pelo cabo, leva-lo à boca e devolver o cabo ao prato.


Saladas de frutas – devem ser cortadas em pedaços bem pequenos; comê-las com uma colher.

Monday, June 25, 2012

Sopa fria de milho com leite de coco

 

    Hoje a noite eu estava lanchando e Cecília me chamou para ver uma receita de sopa. Na hora pensei: "Ah, não! Mais uma receita de sopa que já conheço!" Não que eu conheça tantas receitas de sopa assim, mas as principais eu conheço e as que eu não conheço (ou não tenho costume de fazer) estão na minha biblioteca, esperando que um dia eu receba a inspriração (ou motivação) de fazê-las.
   Fui até a sala e me deparei com o programa Bem Simples, com um quadro apresentado pela Eleanora Stefani, que assina essa maravilha: Sopa fria de milho com leite de coco. Parece coisa de baiano. Alô Pedro Morais, Gica Rodrigues e madrinha Lilian Kirzner!
   Mas brincadeira à parte, achei fantástica a combinação dos ingredientes e por ser uma sopa fria, em pleno inverno, aí é que a coisa mexeu comigo mais ainda; e por ser o Brasil, um país continental, e que por sua dimensão as estações não são bem definidas, podendo ter baixíssimas temperaturas no sul do país bem como ter temperaturas elevadas no norte do país.
   Então, para quem quiser provar uma sopa fria seja no calor do norte brasileiro ou mesmo no sul maravilha, aqui vai a receita. Anotem e repassem.
   Ah! E não deixem de assistir este canal de TV - Bem Simples.
 
Ingredientes

200 g de milho cozido (só os grãos) 
200 ml de leite de coco 
150 g de iogurte natural
1 pimenta dedo-de-moça
limão Tahiti (a gosto)
250 ml de água
Sal a gosto
Pimenta a gosto

Fazendo

Coloque no liquidificador o milho, o leite de coco, o iogurte, a pimenta sem semente, algumas gotas do limão e a água. Processe todos os ingredientes.
Peneire a sopa e tempere com sal e pimenta a gosto.
Sirva gelada com cubinhos de gelo de leite de coco.

Thursday, May 10, 2012

Gazpacho - uma sopa fria da Andaluzia

 

 
   Continuando a falar dos tomates, trago esta receita espanhola, muito apreciada no verão europeu.
   Gazpacho é uma bebida típica da região da Andaluzia, na Espanha. É também, o símbolo de despedida do verão, quando o sol está alcançando a temperatura de 30ºC (o que para o povo de lá, é uma temperatura bem elevada). Fazendo com que o pessoal procure a sombra de uma boa árbore para saborear um bom Gazpacho bem gelado.
   Apesar de ter o jeito de uma bebida, na verdade o gazpacho é uma sopa vegetariana fria; saborosa, saudável e refrescante. Na Andaluzia, é comum servi-lo com algumas fatias de jamon (presunto cru). É uma alternativa perfeita como aperitivo, para ser degustado no verão. Fazer gazpacho requer alguns cuidados, principalmente na proporção dos ingredientes. Você tem que fazer a mistura na proporção certa. E é claro, dando seu toque pessoal.
   O ideal é que ele fique agridoce, nem muito doce nem muito salgado. Muitas receitas pedem para acompanhar, croutons com azeite e ervas, mas fica a seu critério.  
    Bom apetite!


Para 4 porções de Gazpacho, você precisa:

Ingredientes

1 pepino descascado, sem sementes e cortadas em cubos
1 ½  pimentão vermelho, sem sementes e cortadas em cubos
8 tomates grandes, sem pele, sem sementes e cortadas em cubos
2 dentes de alho bem picado
1 cebola roxa média, picada
3 colher de sopa de azeite extra virgem
4 colher de sopa de vinagre balsâmico
uma pitada de sal
50 ml de água ou menos

Fazendo

Misture todos os ingredientes em um processador ou liquidificador, até ficar com uma consistência bem homogênea. Se preferir, você pode adicionar uma pitada de tabasco ou pimenta vermelha (sem sementes). Se quiser que fique mais líquida, adicione um pouco mais água, até ficar na consistência desejada.
Verifique o tempero.
Deixe na geladeira durante 2 horas.
Sirva bem gelado em copinhos individuais.
Finalize com um fio de azeite e uma folhinha de salsa.

Sunday, May 6, 2012

Vôngoles ao Leite de Coco

 

Normalmente as pessoas não conhecem bem os mariscos e seu uso na culinária. O mais conhecido deles é o mexilhão, bem comum nas praias do Brasil. O sururu é outro que é bem conhecido no nordeste, usado em caldos principalmente, e também feito com arroz. As vieiras já são mais difíceis de encontrar para comprar, e nem sempre há um restaurante, mesmo no litoral, que tenha em seu cardápio esta iguaria. Meu desafio (nem tanto assim) foi buscar uma receita que agradasse o paladar dos amigos de Cozinhando com Amigos. Algo simples, mas com certo ar de sofisticação; e que tivesse um sabor destacado - que não fosse apenas um coadjuvante de um prato principal.
Encontrei no vôngole a resposta que eu precisava, considerando que a facilidade de encontrá-lo é quase igual a de encontrar os mexilhões; por isso optei em trazer esta receita aqui para vocês.
Como toda receita de mariscos, costumo dizer que a dificuldade maior é pegá-los na natureza ou achar onde comprá-los (de preferência frescos). Fácil de fazer, a receita de hoje pode ser usada como um caldo quente de entrada ou mesmo como prato principal. Então, vamos aproveitar esses dias de outono, em que o frio já marca presença e presentear nossos amigos com esta receita?

Ingredientes

1 kg de vôngoles (com casca)
1 cebola média bem picada
1 dente de alho amassado em pasta
1 colher de sopa de salsão cortado em fatias bem finas
1 pitada de noz moscada
1 cálice de 200 ml de vinho branco
500 ml de leite de coco
Azeite extra virgem
Sal a gosto

Fazendo

Lave bem as conchinhas dos vôngoles, em água corrente, para tirar a areia que eventualmente tenha em seu interior. Coloque-as em uma vasilha e tempere com o vinho branco deixando em repouso por uns 15 minutos.
Em uma frigideira de borda alta, frite em fogo baixo, a cebola e o alho em azeite. Acrescente o salsão e refogue por uns 2 minutos. Adicione o vôngole com o vinho. Adicione o leite de côco. Tempere com o sal e a noz moscada. Tampe a frigideira e deixe cozinhar por uns 3 minutos ou até começar ferver. Sirva imediatamente.
Sugiro como acompanhamento, um bom pão italiano! Bom apetite!

Thursday, April 19, 2012

Cioppino - uma caldeirada de status

 
  
      Cioppino é uma caldeirada de peixe originário de San Francisco. "Cioppino" que na tradução significa "sopinha", é considerado um prato ítalo-americano, e está relacionado a uma sopa com frutos do mar, típica da cozinha italiana (porém, não existe um consenso de qual região litorânea daquele país). A cioppino é tradicionalmente feita a partir da captura do dia, que no lugar do prato de origem é tipicamente uma combinação de caranguejo, mariscos, camarões, vieiras, lulas, mexilhões e peixes. O marisco é combinado com tomates frescos em um molho de vinho branco seco, e servido com pão torrado ou baguete.
           O prato é comparável ao cacciucco e brodetto da Itália, bem como outros pratos de peixe da região do Mediterrâneo como a bouillabaisse francesa e o suquet de peix da Catalúnia, no litoral norte da Espanha.

 

       Cioppino foi desenvolvido no final de 1800 por pescadores portugueses e italianos que se instalaram na Praia do Norte, em San Francisco, muitos de Génova, Itália. Apesar de ser considerado um prato italiano (não se sabe de que parte da Itália) a cioppino ficou famosa na década de 1850 pelo imigrante genovês Giuseppe Bazzuro em seu restaurante homônimo.
          Tradicionalmente era feita das sobras da pescaria do dia. Era um purê de legumes cozidos e restos de peixes; ao longo dos anos, os chefs da área Bay transformou-a em um guisado de luxo usando iguarias locais.
            O nome vem do ciuppin, uma palavra no dialeto lígure da cidade portuária de Gênova, que significa "cortar" ou "picar", que significa o processo de fazer o ensopado cortando os vários restos de pescados do dia. Um restaurante em San Francisco, o homônimo Cioppino, conta uma história apócrifa em que o nome deriva do grito fortemente italiano com sotaque dos cozinheiros do cais para os pescadores.

 

      Geralmente os frutos do mar são cozidos em caldo, e servidos com casca, incluindo a pata de caranguejo. Você servi-lo em uma frigideira redonda com alças ou em uma bela sopeira. Vamos aos ingredientes!

Ingredientes

2 colheres de sopa de azeite
1 cebola grande, picada
3 dentes de alho, amassados
800 g de tomate pelado picado
120 ml de vinho branco seco
1/4 xícara de salsa picada
1/2 colher de chá de manjericão seco
2 colheres de chá de sal
1/2 colher de chá de pimenta-do-reino moída
1 folha de louro
24 vôngoles
500 g de vieiras
8 patas de caranguejo
500 g de camarão grande, com casca

Obs.: Você também pode usar lagostins, para dar um toque de destaque na apresentação do prato.

Modo de fazer

Em fogo médio, aqueça o azeite em uma panela grande, de fundo grosso. Refogue a cebola e o alho. Acrescente o tomate pelado e o vinho branco. Em seguida acrescente a salsa, o manjericão, o sal, a pimenta e a folha de louro. Abaixe o fogo e deixe a panela no fogo até que o vinho tenha reduzido quase que completamente, mais ou menos 1 hora.
Coloque na panela os vôngoles, as vieiras, as patas de caranguejo e os camarões. Tampe a panela e deixe os frutos do mar cozinhando em fogo médio, até que os vôngoles comecem a abrir. Transfira a caldeirada de frutos do mar para uma travessa grande e sirva.