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Monday, April 24, 2017

Arroz Tropical

 

Já nem lembrava desta receita, que fiz há algum tempo. Chamei-a de Arroz Tropical. Um prato que pode ser principal, mas pode ser um bom acompanhamento para um bom peixe (robalo, cherne ou namorado). Enfim quando achei a foto em meus arquivos, publiquei na hora no Face e claro, começaram os pedidos de receita. Também, a foto é bem sugestiva e enche os olhos. Que dá vontade de fazer dá! E quem fizer certamente não deixará de repetir. A não ser que não goste de banana-da-terra em prato salgado. Mas isto são outros quinhentos.
        Como disse, chamei de Arroz Tropical, esta derivação light da jambalaia – prato típico da culinária cajun, no sul de Nova Orleans/EUA, que faz um arroz sensacional, misturando frango, calabresa, camarões, pimentão e outros ingredientes, fantásticos. Este prato merece um capítulo à parte e já o publiquei aqui no blog.
        Neste caso, usei alguns poucos ingredientes que tinha em casa – neste dia, não tínhamos camarão (que pena!) – e fiz o arroz com que tínhamos: lingüiça calabresa caseira, sassami de frango, e salsão. Mas você pode incrementar a receita a seu gosto.
        A banana-da-terra é um ingrediente que faz a diferença, principalmente se você fizer este prato como o acompanhamento de um bom peixe, como disse. Então, vamos a receita, que é o que vocês estão querendo!

Ingredientes

2 xícaras de arroz (eu usei o parboilizado)
4 linguiças calabresas caseiras (aprox. 500 g)
1 kg de sassami de frango
2 talos de salsão (aipo)
1 cebola média/grande
4 dentes de alho
3 bananas-da-terra
Sal a gosto

Fazendo

Em uma panela de barro, refogue o arroz com a cebola e os dentes de alho bem picadinhos. Corte os talos do salsão (aipo) em rodelas bem fininhas e junte com o arroz. Cubra com a água, adicione o sal e deixe cozinhando. O sassami deve cortado em pedaços médios; igualmente a linguiça, será cortada em rodelas. Frite-os separadamente e reserve.
Corte as bananas-da-terra em pedaços de mais ou menos 5-6cm e coloque para cozinhar em água quente. Cerca de uns 15 minutos.
Quando o arroz estiver quase secando, coloque os pedaços de frango e as linguiças e misture bem. Coloque as bananas cortadas em volta da panela, tampe e deixe o arroz terminar de secar.
Decore com folhinhas de salão e sirva em seguida.
Bom apetite!

Monday, September 21, 2015

Arroz de Bacalhau a D. Luiz


Neste fim de semana passado, participei mais uma vez, do Festival Gastronômico do Lago Oeste, aqui em Brasília, em sua 3ª edição. Seguindo nossa tendência em servir comidas mediterrâneas, servi a tradicional receita espanhola da paella valenciana; e também, uma receita de origem portuguesa, um arroz de bacalhau.
Um prato que você pode preparar no dia a dia e que não é caro, uma vez que você usará o bacalhau desfiado, que normalmente você encontra em promoções no supermercado. Mas, tenha certeza de que você está comprando bacalhau mesmo, pois alguns mercados vendem peixe salgado “tipo bacalhau”. Não fica ruim, mas não é a mesma coisa, né?
Nesta receita, eu usei o bacalhau do Porto e arroz parboilizado; fiquem à vontade para usar o arroz de sua preferência – integral, 7 grãos, basmati ou outro. Vamos ver, então, como fazer?


Ingredientes

1 kg de bacalhau desfiado
3 xícaras de arroz
2 cebola grandes cortadas em pétalas
6 dentes de alho
200 g de tomates cereja
250 g de azeitonas pretas
½ maço de salsinha picada
Sal
Azeite

Fazendo
  
Dessalgue o bacalhau de um dia para o outro e reserve. Em uma frigideira de borda alta (pode ser na panela também; mas depois de pronto sirva em uma travessa), frite a cebola em azeite até que fiquem macias e douradas. Acrescente o alho, deixe dourar e em seguida coloque o bacalhau.
É comum o bacalhau soltar um caldo. Mantenha o fogo baixo e vá mexendo o bacalhau, misturando com a cebola e o alho. Abra um espaço no meio da frigideira e coloque o arroz devagar, mexendo para que dê uma leve tostadinha. Acrescente água, até que cubra os ingredientes. Cuidado para não colocar muita água, senão transborda da frigideira!
Mexa o arroz para que ele fique soltinho e vá misturando-o com cuidado com o bacalhau. O fogo deve ser baixo para que o arroz cozinhe por completo. Se perceber que a água está secando muito rápido, diminua mais o fogo e coloque um pouco de água quente para auxiliar no cozimento. Tempere com o sal e continue mexendo devagar da borda da frigideira para dentro e espalhando o arroz na frigideira.
Quando o arroz estiver cozido e a água secar, acrescente os tomates cereja cortadinhos ao meio. Finalize com as azeitonas e a salsinha bem picada. Regue o arroz com uma camada generosa de azeite e sirva imediatamente.

Bom apetite!

Thursday, January 15, 2015

Farinhas funcionais - escolha uma delas!


     Há tempos que se fala a respeito das pessoas que tem intolerância ao glúten (tanto da farinha de trigo quanto da de centeio); e com isso vem a dificuldade de encontrar alimentos que sejam isentos de tal ingrediente. Mas vamos concordar com uma coisa. Tem certos alimentos que nos fazem falta em nossa dieta; como por exemplo, pães, bolos e outros carboidratos deliciosos que se deve abrir mão e fechar a boca.
     Enfim, fui pesquisar outros tipos de farinhas (gluten free) que substituíssem a farinha de trigo, e que tivessem uma qualidade nutricional equilibrada e ao mesmo tempo não fossem responsáveis por algum tipo de aumento de massa gorda que comprometesse o verão.
     No comércio, existem diversos tipos, desde a famosa farinha de mandioca (polvilhos doces e azedos), até as mais sofisticadas, como a farinha de amêndoa (uma delícia). Listei algumas que considerei mais fáceis de encontrar, considerando que o preço pode variar de região para região ou mesmo de cidade para cidade. Como este blog tem um alcance amplo, recomendo a quem não encontrar uma loja que venda tais produtos, em sua cidade, procurar na internet; pois será bem fácil de achar e de comprar.



Farinha de coco

    Tem um gosto levemente adocicado, lembrando o sabor do coco desidratado. É semelhante em cor e textura à farinha de trigo, mas contém uma quantidade bem maior de fibra.
    Por ser rica em fibras, se consumida junto com a quantidade de água recomendada por dia, poderá auxiliar no trânsito intestinal; além de possuir um baixo índice glicêmico - É uma das farinhas com menor índice glicêmico. Estudo mostra que a sua adição aos alimentos diminui o índice glicêmico deles.
     É rica em triglicerídeos de cadeia média (TCM) - os TCM são gorduras que são metabolizadas e se transformam rapidamente em energia. Dificilmente se acumulará no tecido adiposo. Sendo rica em proteínas com quantidade maior do que a farinha de centeio e trigo. Essa proteína, ainda que vegetal, pode colaborar para uma maior saciedade.
    Esta farinha ajuda no tratamento para emagrecer pois quando consumida junto com líquidos, ela formará um gel no estômago que manterá a sensação de saciedade por mais tempo. Esse gel envolve o bolo alimentar, o que torna a liberação da glicose mais lenta na corrente sanguínea e evita picos de insulinemia, auxiliando na diminuição da vontade de carboidratos por algumas horas.
    A farinha de coco pode ser usada em substituição à outra farinha em qualquer receita. Para cada xícara de farinha de trigo, por exemplo, deve-se usar apenas 1/3 xícara de farinha de coco. Seu uso em massas salgadas, por ser adocicada, pode ser feita na substituição da pitada de açúcar que colocamos nessas receitas.
     Mas cuidado com o excesso, pois se você não ingerir líquidos ao longo do dia, pode ter constipação; além disso, o coco é um alimento gorduroso e o consumo sem medidas da farinha pode levar ao aumento de peso.


Farinha de berinjela

     Usada há tempos pelo “povo da roça”, a farinha de berinjela é dos alimentos mais utilizados em dietas para perder peso. Sem gordura, zero de colesterol e com apenas 20 calorias a cada 100 gramas, o consumo de apenas uma fatia já fornece 10% das nossas necessidades diárias de fibras. Quanto maior o consumo de fibras, menor o acúmulo de gordura visceral, aquela que fica entre os órgãos abdominais – e que vão formar o famoso pneuzinho. Genial, não?
    A eficácia é comprovada, mas a quantidade necessária é absurda. Consumir mais de 10 gramas por dia durante um ano reduz um pouco menos de um centímetro de barriga. Pois a busca por uma forma concentrada chegou ao fim. Para contar com a maior concentração possível das fibras da berinjela, nada melhor que sua forma em farinha.
    A farinha de berinjela possui 40% de fibras solúveis em sua composição. Por isso, é 100% funcional, já que as fibras geram saciedade, diminuindo a fome e evitando a compulsão alimentar. Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que mulheres que consumiram esse alimento tiveram redução comprovada na gordura abdominal. 
   Mas, atenção! Para gerar o efeito que você quer a suplementação com farinha de berinjela deve estar associada a uma dieta equilibrada e a prática de atividade física, como a corrida.
  Outras vantagens interessantes, é que a farinha de berinjela controla a compulsão por doces, pois ao evitar o pico glicêmico, prevenindo a queda brusca de glicose no nosso sangue. Além de ser boa para diabéticos, uma vez que produz maior quantidade de insulina, tornando mais resistentes alguns órgãos do nosso corpo. 
  Por ser rica em antioxidantes, a casca da berinjela deve sua coloração arroxeada aos flavonoides chamados de antocianinas. Elas protegem nosso organismo de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, infecções virais e obesidade, devido a sua ação antioxidante, que protege o DNA das células e evita inflamações. Ao que tudo indica e alguns estudos comprovam, quando a farinha de berinjela é feita com a casca, ela preserva esses nutrientes, colaborando dessa forma para a nossa saúde. 


Farinha de feijão branco

    Uma farinha diferente, podemos assim chamar, pois além de não ser tão usual no cardápio tradicional, ela possui propriedades que auxiliam a queimar as gordurinhas indesejáveis. 
     Esse tipo é rico em uma proteína chamada faseolamina, que inibe a absorção de cerca de 20% dos carboidratos que são ingeridos com ela, ou seja, reduz as calorias ingeridas e consequentemente emagrece. Ou seja, quando você usa esta farinha, você ajuda seu corpo a metabolizar melhor o carboidrato de outros alimentos e até mesmo, diminuir a absorção do que você está ingerindo! Indicada para colocar em receitas que vão muito carboidrato, você utilizá-la até 30 min antes de comer. E também fará o intestino funcionar, colocando boa parte da gordura pra fora, literalmente. Mas a propriedade só se conserva na farinha, que não pode ir ao fogo para ser produzida.
   A farinha de feijão branco é rica em fibras, como a maior parte das farinhas. Por isso, ela forma um gel no bolo alimentar que torna mais lenta a absorção da glicose e do colesterol, mantendo o estômago cheio por mais tempo e aumentando a distensão das paredes desse órgão. Ambas os mecanismos ajudam a ativar a saciedade, fazendo com que o consumo calórico nas refeições seja menor.


Farinha de laranja amarga

     Essa farinha é rica em citrus aurantium que é um composto que ativa e acelera o metabolismo! Por ser rico em fibras, melhora o intestino e diminui a absorção de açúcar e de gordura também! Para um melhor aproveitamento, é bom colocar antes da atividade física, na fruta, no suco ou em qualquer receita pré-treino!
     O processo de fabricação da farinha, em geral, inclui a casca e outras partes das frutas além da polpa, que é o que normalmente comemos (dois exemplos clássicos disso são a banana e a laranja). Com isso, a concentração de fibras costuma ser maior, e isso é boa notícia na certa. Oferecendo saciedade e melhorando o trânsito intestinal. Além, de modular o açúcar no sangue, o que promove a secreção de insulina de forma eficaz, e também reduz o colesterol total.


Farinha de maracujá

    Na onda das farinhas funcionais, a feita com a casca de maracujá foi uma das pioneiras: existem estudos sobre ela desde 1998. Ela é feita a partir da parte branca da casca, que é a porção mais rica em nutrientes, como a fibra pectina, a vitamina B3 (niacina), ferro, cálcio e fósforo. Acredita-se que a maior parte desses nutrientes se preserve na preparação da farinha, o que dá a ela propriedades importantes para nossa saúde, como redução dos picos glicêmicos. E ainda por cima, ela naturalmente não contém glúten.
   Ela é um bloqueador de gordura natural e é excelente para diminuir o açúcar no sangue seja por quantidade de carboidrato da dieta, seja por diabetes e resistência a insulina mesmo! Para meninas com SOP (síndrome dos ovários polisísticos) esta farinha traz excelente benefício. Ela é rica em fibras e pobre em carboidratos, pois isso é a mais indicada para controle da glicemia, sendo uma aliada para os diabéticos tipo 1 e 2. A farinha da casca de maracujá é rica em pectina, uma fração de fibra solúvel que tem a capacidade de reter água formando géis viscosos que retardam o esvaziamento gástrico, ou seja, promove sensação de saciedade, ajudando no emagrecimento, e melhora o trânsito intestinal. O ideal é usar nas preparações em geral, sucos e até 30 min antes das refeições.
   Uma das maiores características da casca de maracujá é a maior quantidade de fibras. Chegando a ter 10 vezes mais esse nutriente do que o suco feito com a polpa. E a principal fibra é a pectina, que se transforma em um gel no estômago e traz diversos benefícios à saúde. 
   Ela ainda é rica em potássio, tendo duas vezes mais do que o suco. Também contém mais vitamina B3 (niacina), ferro, cálcio e fósforo, nutrientes que se preservam quando ela é transformada em farinha.


Farinha de amora 

    A farinha de amora é elaborada por meio de um processo no qual a fruta é desidratada e depois moída. É interessante que a amora seja seca em temperaturas baixas, assim evita-se a perda nutricional. 
    Este alimento se destaca por contribuir para a perda de peso por ser rico em fibras solúveis. Além disso, ele tem ação antioxidante por ser rico em antocianinas, substâncias que agem combatendo os radicais livres do organismo e assim previnem o envelhecimento e doenças como o Alzheimer, doenças cardiovasculares, entre outras.
   A farinha também é rica em vitaminas; especialmente a K e a C, sais minerais, como o potássio, selênio e zinco, e fibras. Este último é muito interessante, pois proporciona o melhor trânsito intestinal e é o responsável pelo alimento ser capaz de ajudar no emagrecimento. 
   Por possuir maior quantidade da fruta e não conter água, a farinha é mais calórica. Enquanto 25 gramas da fruta contam com 10 calorias, a mesma quantidade da farinha possui aproximadamente 32,5 calorias. Porém, ela também conta com grandes concentrações de nutrientes como ferro, que contribui para prevenir anemia, e cálcio, importante para a saúde dos ossos e dentes. 
   O potássio, interessante porque ajuda no equilíbrio da pressão arterial, o magnésio, que atua no sistema nervoso combatendo o estresse e melhorando a absorção do cálcio, e o selênio, que tem ação antioxidante, estão presentes na farinha de amora. 
   O alimento também possui boas concentrações de vitamina C, que contribui para tornar o organismo mais resistente à infecções, e vitamina K, que é fundamental para manter os ossos saudáveis e também atua no processo de coagulação sanguínea. 
   Assim como a fruta, a farinha conta com altas quantidades de flavonoides, especialmente a antocianina. Estas substâncias possuem uma forte ação antioxidante evitando a formação de radicais livres. 
   Outro ponto interessante do alimento é que ele possui grandes quantidades de pectinas, uma fibra solúvel que proporciona uma série de benefícios como a saciedade, absorção de gorduras e melhora o trânsito intestinal. Existe a possibilidade da farinha perder alguns nutrientes, caso a desidratação da fruta seja feita em uma temperatura elevada.


Farinha de banana

    Feita de banana verde, é utilizada para adicionar mais fibras e nutrientes às receitas sem glúten. Vai bem até em tortas salgadas, desde que misturada a outras farinhas, como a de arroz.
    Ganhando espaço nas prateleiras de lojas de produtos naturais, a farinha de banana verde é mais um aliado da alimentação saudável. Segundo o nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, essa farinha é rica em amido resistente, um nutriente que não é digerido no estômago, e sim no intestino delgado - e é nesse processo que reside boa parte dos benefícios desse produto. "Na banana verde encontramos de 55 a 93% de amido resistente entre o total de amidos da fruta, já o processo de amadurecimento faz com que ele seja convertido em açúcares, perdendo sua eficácia", diz. 
    Pelo fato de ser digerida apenas no intestino delgado, o amido resistente da farinha é suscetível à fermentação pelas bactérias do colón. "Esta fermentação resulta na formação de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que possuem um papel muito importante na nutrição das células intestinais", afirma o nutricionista Israel. Dessa forma, a farinha de banana verde estimula o desenvolvimento da flora intestinal, melhorando o seu funcionamento, ajudando na digestão e prevenindo problemas como prisão de ventre.


Farinha de arroz 

    A farinha de arroz é a principal substituta da farinha de trigo nas receitas porque proporciona o espessamento da massa, assemelhando a textura de ambas as massas. Prefira a versão de arroz integral. "Ela garante mais nutrientes como fibras e vitaminas do complexo B. Alguns estudos mostram a presença de compostos como o ácido fítico que ajudaria na prevenção do câncer", conta a nutricionista Gabriela Maia. Porém, é preciso moderação, pois o ácido fítico também pode diminuir a absorção de vitaminas e minerais. Crianças e idosos, que precisam de aproveitamento máximo dos alimentos, devem ter atenção no consumo. 
    A farinha de arroz possui 4,5 vezes menos gorduras totais do que a farinha de trigo, a primeira tem 0,3 gramas por porção de 100 gramas, enquanto a segunda possui 1,4 gramas para cada a mesma proporção. A farinha de arroz misturada com outros alimentos consegue substituir a farinha de trigo em todas as preparações.


Farinha de amaranto

    Apesar de ser novidade para gente, a pequena semente de amaranto é cultivada há mais de 5.000 anos no México e em países das Américas Central e do Sul. Também é consumida em regiões da África e da Ásia. Sua farinha, muito rica em proteína e óleo, pode ser combinada a outras para enriquecer receitas de pães e bolos.
    O amaranto é um cereal rico em proteínas de alto valor biológico, minerais como cálcio, fósforo, potássio, vitaminas e aminoácidos essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. Seus muitos benefícios se estendem aos mais diferentes perfis e necessidades específicas.
   O alto valor protéico – de 14 a 20% a mais, quando comparado a outros cereais - e de minerais atuam na manutenção e no aumento da massa magra em atletas e esportistas amadores, além de contribuir para a diminuição do colesterol e a prevenção de doenças cardiovasculares, osteoporose e câncer na população de idosos e adultos em geral.
   Rico em cálcio, o amaranto pode ser utilizado como substituto do leite animal, sendo indicado para crianças e pessoas com intolerância à lactose. O alimento também funciona como uma ótima opção de variação nutritiva no cardápio dos celíacos, além de atuar no controle da glicemia em diabéticos, graças à alta concentração de fibras alimentares – maior do que as encontradas na aveia, milho e trigo.
    É sugerido o uso com shakes, iogurtes, frutas amassadas, sopas e no preparo de doces, pães, bolos, empanados e pizzas doces.


Farinha de alfarroba

    Fruto da polpa da vagem da alfarrobeira, planta originária do Mediterrâneo, tem aroma marcante e é usada principalmente para substituir o chocolate (no sul de Portugal é comum encontrar doces feitos com alfarroba e figos). É também rica em tanino, substância benéfica ao coração.
    A farinha de alfarroba é conhecida como um substituto de cacau devido à sua semelhança em cor e sabor ao cacau em pó. Mas, quando comparamos um produto com o outro, vemos que, na realidade, a farinha de Alfarroba possui muitas vantagens em relação ao cacau.
  O cacau têm elevado teor em lipídeos (cerca de 23%), enquanto que na farinha de Alfarroba esse teor é inferior à 1%.
    A gordura do cacau é essencialmente constituída de ácidos graxos saturados e além disso, o cacau contém dois alcalóides – a cafeína e a teobromina – fortes estimulantes do sistema nervoso e do ritmo cardíaco.
  Esses alcalóides são capazes de serem passados para bebês em fase de aleitamento através do leite materno. O cacau também possui a feniletilamina que é um composto que pode provocar enxaqueca e reações alérgicas. Já a farinha de Alfarroba não possui nenhum destes compostos.
   A farinha de alfarroba confere ainda cremosidade, brilho e viscosidade aos produtos onde é utilizada como ingrediente. 
  Ela é um ingrediente com alto conteúdo de carboidratos naturais que representa 80% do produto. Nutricionalmente, esta farinha não contém anticorpos alergênicos nem teobromina e está isento de estimulantes cafeínicos, com baixo conteúdo de gordura.
   A farinha de Alfarroba contém as Vitaminas A, B1 e B2, cálcio, magnésio e ferro. E Possui uma ampla gama de aplicações na indústria alimentícia, em confeitarias, sorvetes, bebidas, xaropes e medicamentos.
   Se utilizar-se de grandes quantidades de farinha de Alfarroba no seu produto final, o resultado pode ser um produto com um sabor e aroma muito característicos que podem ser combinado com o cacau, a baunilha, avelãs e etc.


Farinha de amêndoa

   Não é o ingrediente mais barato da sua receita, mas torna pães e doces bem saborosos e com um aroma delicioso. A amêndoa ainda é famosa por sua “gordura boa”, que auxilia na circulação sanguínea. A dica é comprar amêndoas in natura, extrair o leite e depois usá-las para fazer a farinha.
   As amêndoas são muito ricas em antioxidantes que fornecem proteção contra o câncer, causados pelos radicais livres. Estes radicais livres danificam o DNA da célula que é responsável pelo desenvolvimento de células de cancro. Mas estes antioxidantes neutralizam os radicais livres que evitem danos ao DNA das células. Também ajuda a recuperar as células danificadas.
    Juntamente com as fibras que as amêndoas contêm ajuda a limpar a toxina armazenada no cólon. Se este nível de toxinas no cólon aumenta, aumenta a inflamação no cólon, que é responsável para o cancro do cólon. O folato também protege contra o câncer do colo do útero.
  Também protege as células do cérebro de danos por radicais livres. Juntamente com isso, também melhora a circulação do sangue para o cérebro. É altamente recomendável que as crianças devem comer amêndoas para melhorar a sua memória.

Agora que você conhece um pouco sobre algumas farinhas, escolha a que melhor se adequa ao seu paladar e procure novas receitas para incrementar seu livro de receitas!

Bom apetite!

Wednesday, April 25, 2012

Arroz Selvagem com Frango e Maça Verde

 

    Das quatro espécies de arroz selvagem que existem, três são encontradas na América do Norte e uma na Ásia. Sua classificação como espécie, porém, nada tem a ver com o arroz, pois ela na verdade, é uma gramínea. O que não lhe diminui em nada na utilização de pratos gourmets.
     Gosto de prepará-lo como uma surpresa aos convidados, já que aqui no Brasil, não faz parte de nosso dia-a-dia culinário. Raro, também, são os restaurantes que o utilizam em seu cardápio.
     Esta receita que apresento a vocês é um prato único, mas também pode servir como acompanhamento de um prato principal, com aves ou carne (pensei em um belo pernil de carneiro); mas enfim, a opção de escolha é de vocês. Desejo a todos um bom apetite!

Ingredientes

2 xícaras de arroz selvagem
2 peitos de frango (sem pele)
1 cebola média fatiada
3 dentes de alhos em pasta
1 maçã verde picada
½ talo de salsão (aipo) cortado em fatias bem finas
1 colher de sopa de uva-passa branca sem semente
1 limão Tahiti
1 colher de manteiga
1 pitada de pimenta síria (opcional)
5 fatias de pão de forma cortadas em cubinhos
Sal e azeite extravirgem a gosto

Modo de fazer

Em uma panela, aqueça um pouco de azeite e refogue a cebola e o alho, deixando-os dourar. Coloque o arroz e misture um pouco, para pegar o gosto do tempero. Tempere com sal a gosto. Acrescente água até cobrir o arroz (um dedo acima). Deixe cozinhando em fogo baixo com a panela tampada, por aproximadamente uns 10 minutos.
Raspe a casca do limão e reserve. Tempere o peito de frango com o suco do limão e corte-o em cubinhos, adicionando o sal e a pimenta síria a seu gosto.
Em uma frigideira com grelha, adicione a manteiga e frite os cubinhos do frango até ficarem dourados. Reserve.
Quando o arroz estiver quase cozido, acrescente a maçã, o salsão, as uvas-passas e o frango. Misture os ingredientes e deixe o arroz terminar de cozinhar até ficar bem sequinho.
Aqueça o forno e coloque os cubinhos de pão de forma para torrar. Acrescente um fio de azeite sobre eles e polvilhe um pouco de orégano.
Quando o arroz estiver cozido, retire-o da panela e transfira-o para uma travessa. Finalize com os cubinhos de pão de forma (croutons). Sirva imediatamente.

Esta receita serve 8 porções.

Tuesday, April 17, 2012

Risoto com Funghi Secchi

 

       Ontem nós vimos uma receita do Chef Paulinho Pecora, na qual ele utiliza o funghi secchi acompanhando um belíssimo talharim. Espero que vocês tenham gostado, ou mesmo anotado para fazer no próximo fim de semana.
       Então, vamos continuar a usar o funghi secchi em mais outra receita; só que desta vez vamos ensinar a fazer um risoto utilizando este ingrediente tão saboroso.
Cremoso, com seu aroma característico, o risoto al funghi substitui à altura o talharim e serve como opção para quem não pode comer glúten – contido no macarrão; além de ser um prato tradicionalmente italiano, o risoto é rápido de ser feito e serve para aquelas situações em que você recebe visitas de última hora para o almoço ou jantar.
       O segredo de sucesso de uma boa receita de risoto, além da escolha do arroz a ser utilizado e dos cogumelos mais adequados, é deixar o risoto “descansar” quando preparados, coberto por uma tampa, durante cerca de 3 minutos antes de servir.
        Vamos à receita:

Ingredientes

1 colher de chá de manteiga
1 cebola pequena, cortada em cubos
Páprica picante
50 g de cogumelos porcini secos reidratados ou 400g de cogumelos porcini frescos
320 g de arroz arbório ou carnaroli
200 ml de vinho branco seco
500 ml de caldo de carne ou de legumes
Queijo parmesão ralado fresco (quanto baste)
Azeite extra-virgem
Sal e pimenta a gosto

Modo de fazer

Para preparar um risoto cremoso de cogumelos, igual ao do restaurante, primeiro você deve lavá-los em água corrente e hidratá-los em água morna por cerca de 20 minutos.
Tire-os um por um da água (reserve-a), verificando se não restaram resíduos de terra ao longo das bordas, principalmente na base dos talos. Corte a capela dos cogumelos em fatias.
Em uma frigideira derreta a manteiga e adicione a cebola e cozinhe em fogo baixo até a cebola dourar, junte os cogumelos e o arroz. Deixe cozinhar até que o arroz fique branco, mexendo sempre.
Junte a água do cogumelo reservada, desprezando o fundo, pois pode haver algum resíduo.
Junte uma concha do caldo de carne ou de legumes e mexa até secar. Adicione a páprica e os demais temperos e deixe cozinhando por 30 segundos.
Acrescente outra concha do caldo e continue esta operação até terminar o caldo ou o arroz ficar al dente.
Depois de cozido, desligue o fogo, acrecente a manteiga e o queijo parmesão ralado. Deixe o risoto descansar por alguns 2 a 3 minutos com a panela tampada. Sirva decorado com fatias de cogumelo mantidos à parte.