Sunday, July 10, 2011

Comfort Food - A Comida da Alma

 

   Uma nova tendência na alimentação vem reunindo cada vez mais, novos adeptos. Um contraponto ao modismo (urbano, sejamos justos) do fast food, essa nova maneira de preparar os alimentos é um resgate ao que chamam de “cozinha emocional”; ou seja, a memória daquilo que nos deu prazer na infância; de situações agradáveis que nos trazem à lembrança, momentos inesquecíveis; aromas que tocam nossa memória afetiva; enfim, aquilo que nos dá conforto e nos faz sentir bem. 
 
 
    Deparei-me com um artigo bem interessante, que li na revista Casa e Comida, deste mês, que trata sobre a Comfort Food. Com texto de Marília Scalzo, temos uma boa oportunidade de ler e refletir sobre o que comemos, como comemos, em que circunstância comemos determinados pratos, e de como nos sentimos bem ao saboreá-los.
    O texto inicia citando Marcel Proust, que em uma de suas publicações – No Caminho de Swann – narra que o escritor francês põe na boca um pedaço de bolo doce, chamado madeleine, amolecido em infusão de tília. O gosto das duas coisas misturadas desperta sua memória e leva-o de volta ao passado, à sua infância na cidade de Combray.
     Porém, ao comer um alimento que nos lembre da infância, podemos até sentir a paz e tranquilidade de que precisamos, mas também pode trazer sérios prejuízos à dieta, caso seja consumido rotineiramente (obesidade abdominal o que pode levar a doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares), pois nem sempre são alimentos saudáveis, depende do passado e da memória gustativa de cada um. Docinhos, salgadinhos, bolachas e outras guloseimas podem ser comfort food! Como também, a lasanha, a torta de morango ou mesmo a banana com aveia e mel.
     "Os nossos estudos sugerem que se aplica o conforto alimentar como travões de um elemento-chave do estresse crônico", diz estudo de Norman Pecoraro, PhD, professor de fisiologia da Universidade de Califórnia. E isso poderia explicar, ele diz, porque muitas vezes é procurado alívio em tais alimentos por pessoas com stress, ansiedade ou depressão. Ele também poderia ajudar a explicar a bulimia e outros transtornos alimentares.
     Neste aspecto a nutrição destaca-se por não proibir ou eliminar estes alimentos que de certa forma oferecem bem estar aos indivíduos, mas orientar quanto, como e quando devem ser ingeridos e até mesmo adequações que possam ser feitas, de maneira a torná-los talvez mais saudáveis. O consumo do comfort food deve ser direcionado para alimentos mais funcionais e naturais, oferecendo assim bem-estar e melhor qualidade de vida, com todo o prazer contemplado. Importante lembrar que, atualmente, o aumento da incidência de doenças coronárias, pressão arterial, obesidade e outras, estão ligadas à má alimentação no dia a dia e não pelo esporádico e equilibrado de preparações e/ou alimentos tão importantes na vida de cada um.
 
 
    

1 comment:

  1. Ola,

    Boa noite,

    Vim retribuir e agradecer a sua visita ao EternosPrazeres, e parabenizá-lo pelo blog que voce esta construindo, boa sorte, voltarei!

    Abraço

    Renata

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